A reparação do cabo submarino West Africa Cable System (WACS, na sigla em inglês) foi concluída quarta-feira, 6 de Setembro, anunciou no mesmo dia a Openserve, empresa sul-africana de infra-estruturas de telecomunicações, que é subsidiária da operadora MTN.

Em comunicado enviado à imprensa sul-africana, o CEO, Althon Beukes, explicou que "a Openserve tem colaborado com os parceiros do consórcio para a restauração dos cabos" e indicou que o cabo WACS seria restabelecido no dia 6 de Setembro.

Em Angola, no mesmo dia, os serviços de voz e internet apresentavam um desempenho melhor do que em Agosto, apesar de ainda se verificarem limitações.

"A equipa responsável pela reparação fez um progresso notável. O restabelecimento do serviço vai devolver a qualidade habitual aos nossos clientes do cabo WACS", disse Althon Beukes.

Também na quarta-feira, 6, dia de fecho da edição semanal do Expansão, os trabalhos de reparação continuavam, mas agora focados no cabo SAT-3, que também serve o mercado angolano e é operado pela Angola Telecom.

A avaria causada pelo deslizamento de terras no estuário do Rio Congo, identificada a 6 de Agosto, afectou, num primeiro momento, os cabos submarinos WACS e SAT-3. Mais tarde, também o ACE sofreu restrições e apenas o Equiano não registou interrupções nos serviços de conexão internacional. O cabo 2Africa, que chegou em Julho a Cacuaco e será operado pela Unitel, ainda não está operacional.

A disrupção causada pelas avarias, sobretudo nos dias após 6 de Agosto, demonstrou o impacto que as telecomunicações tem nas empresas e nas famílias. Também abriu o debate sobre que tipo de infraestruturas devem ser implementadas e que sistemas de redundância devem ser construídos para evitar sérias interrupções nos serviços de internet, mesmo no caso de eventos incontroláveis e avarias causadas por causas naturais.