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Brent bate barreira dos 90 USD

SEMANA DE 01 A 06 DE SETEMBRO

Os mercados financeiros continuaram a ser impulsionados por eventos cruciais, com destaque para a escalada nos preços do petróleo e as flutuações nos principais índices bolsistas dos EUA e da Europa.

O mercado petrolífero valorizou substancialmente nas últimas sete sessões, com o Brent a chegar a superar os 90 dólares por barril, o maior preço desde 16 de Novembro do ano passado. Esta subida deveu- -se aos anúncios da Arábia Saudita e da Rússia sobre extensão de cortes, no âmbito da estratégia conjunta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+).

De relembrar que, além dos cortes já acordados com a OPEP+, a Arábia Saudita havia se comprometido a reduzir a sua produção em um milhão de barris por dia até Dezembro deste ano. Por seu lado, a Rússia havia igualmente anunciado um corte adicional de 300 mil barris por dia até o mês Dezembro próximo. Entretanto, esta semana, os dois países informaram que esse prazo deverá ser estendido para o final do ano, uma medida que surpreendeu o mercado e favoreceu os preços. Esta restrição de oferta, combinada com sinais de aumento da procura global, impulsionou os preços e levou a Agência Internacional de Energia a prever que os preços permanecerão elevados até ao final do ano. Até a sessão de quarta-feira, o West Texas Intermediate nos Estados Unidos da América acumulava uma subida de 5,66% para 86,25 dólares por barril, enquanto o Brent em Londres somava 4,17% para 89,43 dólares por barril. No mercado bolsista, os principais índices da Europa negociaram em queda por seis sessões consecutivas.

As perdas foram impulsionadas pelas preocupações de que os aumentos nos preços do petróleo influenciassem os bancos centrais no controlo da inflação. Isso levantou dúvidas sobre as decisões de política monetária a serem tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Reserva Federam dos EUA (Fed) nas reuniões de política monetária deste mês. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, teve uma queda semanal de 1,42%.

Por outro lado, nos Estados Unidos da América, o saldo foi positivo em todos os índices, com destaque para o tecnológico Nasdaq que avançou 2,30%, enquanto o índice S&P 500 registou a melhor semana desde o mês de Junho último. Isso ocorreu, numa semana em que foi anunciado um aumento de 187 mil postos de trabalho nos EUA em Agosto, muito acima dos 175 mil esperados. Esses dados reforçaram a ideia de que a Fed poderá concluir em breve a sua política monetária contracionista. Por fim, foi destaque nesta semana as leituras finais dos índices de gestores de compras (PMI) de Agosto, que confirmaram a desaceleração da actividade na Zona Euro, ao mesmo tempo em que na China o PMI manteve-se na zona abrandamento da actividade (49,7%), o que reflecte o curso da economia mundial.

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