CarpinAngola quer aumentar a facturação e chegar aos 10 milhões USD este ano
Já facturou 11 milhões USD entre 2014 e 2015. Mas no ano passado o volume de negócios ficou-se pelos 8,5 milhões USD. Para este ano, o objectivo é chegar aos 10 milhões USD. A retoma do sector da construção civil anima os gestores da empresa.
A empresa fez um investimento de 7,5 milhões USD em Outubro de 2020, numa nova fábrica de carpintaria e mobiliário, o que permitiu uma facturação de 8,5 milhões USD em 2021. Para este ano, os objectivos são mais ambiciosos e os gestores projectam um volume de negócios a rondar os 10 milhões USD, suportado pela retoma da exportação de madeira serrada e pelo aumento do volume de obras em curso no País. A acontecer, trata-se de um crescimento de 17,6% na facturação.
Para voltar aos níveis médios de facturação anual fixados nos 8 milhões USD em 2021, o investimento na nova fábrica, localizada no Pólo Industrial de Viana, e os sinais de retoma no sector da construção foram fundamentais para aumentar o volume de vendas. Estiveram também na base desta facturação, o surgimento de novos produtos em 2021, adaptados a todo o tipo de cliente. Ou seja, a estratégia passou também por fazer portas e mobília de baixo custo para competir com o mercado importador chinês, que tem vindo a crescer nas grandes cidades do País.
Em termos práticos, a CarpinAngola participa neste momento em 70 obras, em 14 das 18 províncias do País. As obras variam entre centralidades, escritórios, hospitais, escolas e clientes particulares. A fábrica é, normalmente, subcontratada pelas construtoras para efectuar todo o trabalho de carpintaria e fornecer mobília nas empreitadas.
De acordo com Bruno Santos, director-geral da empresa, também a exportação de madeira serrada recomeçou no ano passado com quatro contentores que tiveram como destino Portugal e que renderam à empresa 40 mil USD. Para este ano, explica, pretende-se exportar mais 10 contentores, sendo que o primeiro grupo, de quatro contentores, aguarda conclusão do processo burocrático de despacho, o que deverá acontecer nos próximos dias.
"Nós parámos a exportação durante algum tempo por se tratar de um processo muito burocrático, porém temos qualidade para mandar madeira serrada para o destino europeu e, a partir de lá, transformá-la em produto acabado. Por isso, decidimos retomar este processo", refere.
A empresa não exporta ainda produtos acabados, nomeadamente mobiliário, mas pretende começar este ano a fazê-lo para os países vizinhos, nomeadamente a República do Congo e a RDC, que são dois mercados apetecíveis para a indústria nacional. Além da proximidade, com custos de transporte e logística mais baixos, são mercados fáceis em termos administrativos e com um grau elevado de cumprimento dos pagamentos.
(Leia o artigo integral na edição 670 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Abril de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)