A fusão entre a Sanlam, empresa de origem sul-africana que é uma das líderes do mercado segurador em Angola, e a Allianz, empresa de origem alemã que é um dos principais players mundiais do sector, vai ser concluída ainda durante 2023. Em Angola, a empresa vai passar a adoptar a designação Sanlam Allianz.

Apesar das mudanças no nome, com a adição da marca Allianz, a operação da seguradora em Angola não deve registar mais alterações de fundo, apurou o Expansão junto de fonte da empresa. "Nos países africanos onde a Sanlam está presente, vamos juntar a marca Allianz. Naqueles mercados onde a Allianz opera, a designação passará a ser Allianz Sanlam", explica.

A nível operacional, as mudanças não vão ser tão evidentes, sendo que a associação com a Allianz vai reforçar a capacidade financeira e técnica da seguradora, que agora passa a contar com a experiência e conhecimento acumulado da empresa alemã. Em termos legais, cada país africano onde a fusão está a ser implementada está a analisar o processo segundo os regulamentos locais.

Na edição de 4 de janeiro do Jornal de Angola, a Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) publicou um comunicado relativo ao "Acto de Concentração 15/ARC/2022", onde informa que "recebeu, no dia 23 de Dezembro de 2022, a comunicação de um projecto de concentração de empresas" que dará origem à Sanlam Allianz Africa Proprietary Limited, onde serão depositados os activos detidos em África pelas referidas entidades.

O negócio envolve ainda a Sanlam Angola Seguros S.A. (empresa de direito angolano que actua no País), a MCI Care Angola e a B&S Construções. Segundo a ARC, de acordo com a Lei da Concorrência, os interessados ou contra-interessados podem apresentar as suas observações até dia 18 de Janeiro.

A seguradora sul-africana Sanlam e alemã Allianz SE confirmaram, em Dezembro de 2021, que tinham iniciado negociações para estabelecer uma parceria estratégica no continente africano. Na altura, as duas empresas informaram os investidores que estavam a trabalhar num acordo conjunto para o mercado africano de seguros, com excepção da África do Sul, país onde cada uma das partes manterá as operações de forma autónoma