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Empresas & Mercados

Fintechs já podem testar produtos em ambiente controlado

SANDBOX REGULATÓRIA DO BNA

O êxito dos testes no programa não habilita a Startup de actuar no mercado, vai depender do licenciamento e o financiamento para a execução da iniciativa.

As startups que operam no sistema financeiro nacional, ligadas à banca e aos seguros, já podem testar os produtos e serviços em ambiente regulatório controlado, depois de ter sido lançado a Sandbox Regulatória no dia 13 de Janeiro, no Museu da Moeda, pelo Banco Nacional de Angola (BNA) em parceria com o Acelera Angola. Estão habilitados para o programa Sandbox entidades financeiras angolanas ou qualquer empresa que pretenda oferecer um serviço financeiro, desde que cumpra com os requisitos estabelecidos na regulamentação do mercado financeiro em vigor. Para candidatar-se à experiência em ambiente controlado basta apenas manifestar por escrito o interesse de participar do programa através do site do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos de Angola (LISPA).

Numa primeira fase o programa vai arrancar com 10 projectos, que serão seleccionadas de acordo com os benefícios que trazem ao mercado financeiro do País, com a particularidade de serem projectos genuínos e que serão avaliados por um comité de gestão da Sandbox. O programa deste primeiro ano vai decorrer durante oito meses, de 06 de Março a 03 Novembro. Sendo que o êxito dos testes no programa não habilita a startup a actuar no mercado, pois vai depender do licenciamento e o financiamento para a execução da iniciativa, elementos que a Sandbox não contempla.

As startups devem procurar mecanismos próprios de financiamento e não por via de crédito bancário, pois os créditos não garantem condições de maturidade das startups devido aos timings e às taxas de juros. "Devem procurar entidades multilaterais, como o Banco Mundial," explica Pedro Castro e Silva vice-governador do BNA. Esta é uma iniciativa que vai incentivar a inovação nos serviços financeiros e potenciar a inclusão financeira, bem como ajudar a criar uma relação mais próxima entre o regulador e o mercado.

Para Pedro Castro e Silva, "a implementação da Sandbox Regulatória tem vantagens para o próprio banco central, pois permitirá ajustar a regulamentação por meio do aprendizado com a devida adaptação de requisitos ou procedimentos regulamentares que inibem involuntariamente a inovação ou tornam os produtos, serviços ou modelos de negócio inviáveis."