Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Fly Angola desmente ANAC, que antes desmentiu a Fly Angola

Fly Angola e ANAC em acusações mútuas

Há uma troca de argumentos na comunicação social entre o Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a empresa de voos domésticos Fly Angola. Em causa a aeronavegabilidade e manutenção dos aviões da empresa

"Desde o início das suas actividades até a presente data, a Fly Angola nunca foi notificada pela ANAC por motivos de não conformidade ou incumprimento do Programa de Manutenção, Regulamentos ou ordenamento jurídico do sector da Aviação Civil, por escrupulosamente cumprir com as suas obrigações diante do Programa de Manutenção e Regulamento de Segurança Aérea de Angola, portanto a ANAC não suspendeu o certificado de operador aéreo da Fly Angola, tão pouco suspendeu o certificado de aeronavegabilidade da aeronave D2-FDF, pelo que tão logo seja possível a troca do trem de aterragem retomaremos os voos previstos", lemos no ponto cinco do comunicado da empresa, que chegou à nossa redacção.

No mesmo comunicado, mais adiante num outro ponto, podemos ler "é lamentável que o comunicado da ANAC ao proferir o seguinte, "... findo o prazo de extensão deveria a aeronave merecer a revisão geral (overhaul)", agrava a sua pobreza em rigor e retidão, socorrendo-se na utilização de expressões tecnicamente insignificantes mas, penosas e infundadas, induzindo o publico em geral em erro, causando um impacto financeiro e social negativo não apenas para Fly Angola, mas também para as mais de 300 famílias representadas por cada colaborador, ao Estado Angolano, ao sector empresarial nacional e estrangeiro e ao publico em geral", e o tom acusatório prossegue, "além de ter utilizado uma linguagem errada, a mesma também não é aplicável na situação em causa, por se tratar da substituição de uma única componente, e não estando em causa a Aeronave como um todo".

A Fly Angola foi criada em 2018 e em 2020 "tornou-se em um operador aéreo certificado e devidamente autorizado a realizar voos com aeronaves do tipo Embraer 145, servindo as cidades de Luanda, Dundo, Saurimo, Lubango e Namibe, cujo até o presente momento realizou 1050 voos e transportou 34.161 passageiros, auxiliando a interligação interna", explica o comunicado, que acrescenta que " em Maio de 2020, no cumprimento do seu programa de manutenção, a aeronave (D2-FDF) realizou na Organização de Manutenção Aprovada SAMCO, B.V, no Reino da Holanda, as tarefas mais complexas constantes no MRB, a saber, inspenções de 15, 30, 48 e 60 meses cumulativamente", para acrescentar que "contrariamente ao que consta no comunicado da ANAC, a extensão efectiva cobrindo o período da vida útil real dos trens de aterragem foi solicitada uma única vez, no mês de Agosto, e para um período de 6 meses uma vez que apesar de todo esforço envidado pela FLY ANGOLA, por razões de ordem logísticas que o mundo está a viver, o fornecedor invocou "força maior" para justificar o atraso na entrega das novas componentes dos trens, encomendados e pagos no mês de Agosto".

Apesar desta troca de acusações na praça pública, a Fly Angola diz que "reitera a sua disponibilidade em colaborar com as autoridades" e reafirma o seu compromisso pela protecção de pessoas e bens, repudiando todos "os actos que tentem denegerir a sua imagem".