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Vandalizados mais de 950 postes de alta tensão no Nzeto

OS ROUBOS CONTINUAM

Trata-se de uma vandalização na ordem dos 93 % da rede eléctrica do município do Nzeto e de lá até ao rio Loge.Três cidadãos já estão detidos.

No total, 957 dos 1.334 postes de alta tensão que asseguram o transporte de energia eléctrica do Ciclo Combinado do Soyo à subestação do Nzeto, na província do Zaire, foram recentemente vandalizados por indivíduos desconhecidos, avançou, esta semana o Serviço de Investigação Criminal (SIC), em Mbanza Kongo. O superintendente-chefe Serafim Coelho João, director provincial adjunto do SIC no Zaire, esclareceu que a vandalização consistiu no roubo de malhas (cabos de cobre) de descargas atmosféricas, que tem um valor considerável no mercado paralelo.

O chefe de Divisão da Rede Nacional de Transporte (RNT) de energia, Fernando Gomes, confirmou a vandalização de 957 postes de alta tensão da linha de 400 KV. "Os prejuízos são preocupantes, já que estão a vandalizar uma linha de alta tensão, o que vai obrigar ao reinvestimento de avultadas somas monetárias para normalizar a situação, sem contar que a província do Zaire pode ver interrompido o normal fornecimento de energia eléctrica caso uma das torres seja afectada por uma descarga atmosféricas", alertou.

Segundo o director provincial adjunto do SIC, os actos de vandalização foram desencadeados desde 2017. Disse estar-se perante "uma situação bastante preocupante", porque se tratou de uma vandalização na ordem dos 93 % da rede eléctrica do município do Nzeto, e de lá até ao rio Loge.

A camada de cobre que reveste a base dos postes de alta tensão, com o fito de protegê-los de qualquer descarga eléctrica, tem sido alvo dos meliantes. O director-adjunto do SIC no Zaire não avançou os prejuízos causados pela vandalização, mas informou que continuam as investigações para apurar o possível envolvimento de alguns funcionários que participaram na sua montagem.

"Percebendo do valor do produto (cobre), estes meliantes procuram subtrair de forma fraudulenta para fins pessoais e venda nos mercados de Luanda e do Soyo. Neste momento, estão detidos apenas três cidadãos de nacionalidade angolana e congolesa democrática, já presentes ao Ministério Público", confirmou.