Quando o Banco Nacional de Angola (BNA) anunciar a retirada definitiva das notas do Kwanza que ainda estão em circulação na economia, as famílias e empresas vão poder trocá-las pelas novas por um período de cinco anos nas instalações do banco central.

As notas ainda em circulação continuarão a circular na economia simultaneamente com as notas da nova família, também designadas por "série 2020", até que o regulador do sistema monetário "entenda estarem reunidas as condições para pôr fim ao seu curso legal e as retirar de circulação".

O Expansão sabe que as actuais notas poderão ser aceites e trocadas na rede de bancos comerciais até Dezembro de 2021 e no banco central até 2025.

O novo Kwanza já foi apresentado e compreendem as notas de 200, 500, 1.000, 2.000 e 5.000 kwanzas, impressas em material semelhante ao plástico (ou polímero) , com excepção da nota de 5.000 que ainda deve ser produzida em material algodão ou de papel.

No acto de lançamento, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Massano, assegurou que as notas de 200, 500, 1.000 e 2.000 Kwanzas "incorporam elementos de alta segurança e são também mais resistentes no tempo, podendo ter uma durabilidade média 4 vezes superior às notas tradicionais de algodão".

Analistas consideram que, anteriormente, o período de troca de notas foi "muito apertado", ou seja, não ficava definido, publicamente, quando é que efectivamente o regulador iria proceder ao "bloqueio" das notas em circulação. "Isto fazia com que quem detivesse maiores volumes de notas de kwanzas pouco ou nada podia trocar", conta um tesoureiro do Banco de poupança e Crédito (BPC), que pediu anonimato.

Entretanto, o BNA não avança quando é que, definitivamente, tira as notas da "série 2012" de circulação, mas garante que a data em que essa série deixará de ter curso legal "será anunciada com devida antecedência". Acresce que não se sabe ainda se o cenário volta a repetir-se já que o BNA não anunciou em que pontos, para além das suas instalações sede, é que as pessoas poderão fazer as trocas das notas da antiga família para as novas, durante os cincos anos a seguir à retirada de circulação da série 2012. O país conta actualmente com sete delegações provinciais do BNA, designadamente as delegações regionais Norte, Sul, Oeste, Leste, Centro, Nordeste e sudeste. Não se sabe entretanto se serão essas que vão receber as notas antigas em poder do público.