Fusão do Atlântico com o Millennium Angola recebe 'luz verde' do Governo e do supervisor
Fusão entre os dois bancos vai criar a segunda instituição privada em termos de crédito à economia, e a quinta em depósitos. Millennium Atlântico, que detém 30% do crédito do programa Angola Investe, irá dispersar um terço do seu capital na Bolsa de Luanda.
O Governo e o Banco Nacional de Angola (BNA) deram "luz verde" à fusão do Banco Atlântico e do Banco Millennium Angola, publicamente anunciada em Outubro de 2015, anunciou esta semana fonte conhecedora do processo.
Com a fusão, será criada a segunda maior instituição privada em termos de crédito concedido à economia, depois do BAI. O novo banco irá chamar-se Millennium Atlântico e vai colocar 33% do seu capital na Bolsa de Luanda, segundo um comunicado da nova instituição divulgado em Outubro, quando foi anunciada a fusão.
O restante será controlado pelos até agora accionistas do Banco Atlântico e do Millennium Angola. A "decisão de colocação de capital em Bolsa revela uma interpretação adequada dos dois bancos do espírito e da dinâmica que têm marcado os recentes desenvolvimentos no mercado de capitais em Angola", explicava o comunicado de Outubro.
Com a fusão, o português BCP - dono de 50,1% do "congénere" angolano - irá perder a maioria do capital, ficando com cerca de 20% do Millennium Atlântico. A maioria passaria para as mãos da Globalpactum, ligada ao presidente do Atlântico, Carlos Silva, ficando 14% nas mãos Sonangol, que é, por seu turno, o maior accionista do grupo BCP, com cerca de 19%.
* com agências
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