Manhã de cacimbo na sede da empresa InovaTech, uma equipe excepcional formada por sete colaboradores talentosos, cada um deles trazia consigo um conjunto único de habilidades e personalidades dos quais, havia a Ana Domingos, uma especialista em marketing criativo; o Bartolomeu António, um programador genial; a Henriqueta Maria, uma mestra em design; o Francisco Cambondo, um analista de dados detalhista; a Elisa Miguel, uma gerente de projectos organizada; o Felipe André, um vendedor carismático; e a Domingas Inocência, uma comunicadora nata.

No início, todos estavam empolgados para trabalhar juntos e criar algo inovador. As ideias se misturavam durante as reuniões e as risadas ecoavam nos corredores. A energia era contagiante e todos acreditavam que estavam prestes a criar um produto revolucionário.

No entanto, à medida que os meses se passaram, a pressão para entregar resultados começou a aumentar. As reuniões foram se tornando mais formais e o ambiente criativo começou a se resolver em um ciclo de execução sem espaço para diálogos abertos entre colaboradores. Cada um, imerso em suas próprias responsabilidades, começou a perder de vista o espírito colaborativo. O tempo que, antes era dedicado ao brainstorming e a troca de ideias agora era consumido por prazos apertados e métricas de desempenho.

A equipe se dividiu em silos, a Ana e a Henriqueta, focadas em suas tarefas individuais, já não trocavam ideias sobre como as campanhas poderiam ser aprimoradas. O Bartolomeu e o Francisco engrossando o coro da produção, deixaram de lado a importância do feedback mútuo, enquanto a Elisa e o Felipe lutavam para manter os projectos nos trilhos. A comunicação entre eles tornou-se escassa, e consequentemente, a confiança começou a se desvanecer.

Certo dia, um grande cliente fez uma proposta para um projecto colaborativo que, poderia elevar à InovaTech a novos patamares. A equipa, ao invés de se unir para desenvolver uma proposta impressionante, ficou presa em suas rotinas diárias, sem reconhecer a oportunidade que tinham nas mãos. As discussões, antes marcadas por criatividade e inovação, foram abafadas por períodos de sobrecarga e prazos. E assim, acabaram por entregar uma proposta medíocre, aquém do que poderiam ter alcançado juntos.

No mundo corporativo contemporâneo, onde a competitividade é intensa e as demandas estão em constante evolução, as organizações buscam incessantemente maneiras de se destacarem. Uma das chaves para o sucesso sustentável reside na formação de equipas de alta performance. Estas equipas não só apresentam resultados excepcionais, mas também cultivam culturas organizacionais positivas que impulsionam a produtividade e o envolvimento dos colaboradores.

Construir uma equipa de alta performance, vai além da simples agregação de talentos individuais. Trata-se de criar um ambiente colaborativo onde a comunicação é aberta e a confiança mútua é a base das relações. As equipas mais eficazes possuem membros que se complementam, com habilidades diversas que se entrelaçam para atingir objectivos comuns. Isso requer não apenas um processo de selecção criterioso, mas também um investimento contínuo em desenvolvimento e capacitarão.

Ao investir na formação de equipas de alta performance, as organizações não apenas almejam aumentar sua competitividade, mas também buscam criar um ambiente de trabalho saudável e motivador. Essa abordagem holística é a chave para garantir que todos os colaboradores se sintam valorizados e parte integral do sucesso da empresa, resultando em uma trajectória de crescimento sólido e sustentável.

Além disso, a liderança desempenha um papel crucial na formação dessas equipas. Líderes que fomentam um clima de possibilidade, que reconhecem e valorizam as contribuições de cada membro, conseguem extrair o melhor de suas equipas. Esses líderes também são responsáveis por estabelecer uma visão clara e inspirada, que motiva os colaboradores a darem o seu melhor e a se envolverem profundamente com os objectivos da organização.

Uma das características mais marcantes das equipas de alta performance é a colaboração eficaz entre seus membros. Esta colaboração se manifesta na disposição para compartilhar ideias, feedbacks e informações, promovendo um fluxo contínuo de comunicação. A comunicação aberta é fundamental, pois permite que todos se sintam à vontade para expressar suas opiniões e preocupações, contribuindo assim para um ambiente mais produtivo e integrado. Além disso, a transparência nas interacções ajuda a evitar mal- -entendidos e a construir relacionamentos mais sólidos.

Leia o artigo integral na edição 793 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Setembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)