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Gestão

O parente pobre dos transportes

Capital Humano

É preciso dignificar os taxistas que levam os cidadãos diariamente para os seus postos de trabalho, que combatem a falta de autocarros públicos no país, que pagam os seus impostos e mesmo assim são obrigados a passar por vias em mau estado de conservação. É preciso dignificar o parente pobre das transportadoras...

Todas as famílias têm um elemento que é visto com desdém, o de menor "importância", o mais sofrido, o pobrezinho, o sem valor aparente. A expressão conhecida pela lusofonia é o "parente pobre", aquele que é visto com desigualdade e sem preferência.

Em geral, é aquele parente que ajuda todos quando necessário, o que está sempre presente, o que com humildade obedece às orientações e procura sempre manter os laços de amor com a família. Ele é o elemento da família que nunca tem opinião e o mais espezinhado, contribui com tudo o que pode mas na hora da colheita fica sempre com as sobras. Contudo, como rocha firme, não abandona a sua família. Assim são os taxistas de Angola!

A Covid-19, entre muitas questões, levantou-nos a preocupação da crescente discriminação que esta "dança das cadeiras" nos leva. Há dois anos que Angola se rege por decretos que ora apertam ora alargam o cinto da vida dos cidadãos. Neste sentido, compreende-se que as intenções são sobretudo a limitação da propagação da doença no seio nacional, também se consegue compreender que todo este cenário é novo para qualquer país e nem sempre se sabe realmente o que de concreto se deve fazer pelo factor novidade que as mutações do vírus nos trazem. No entanto, decreto após decreto há dois pesos e duas medidas, o que resulta em discriminação de classes laborais.

*Gestora de recursos humanos e professora universitária

(Leia o artigo integral na edição 657 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)