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África

África discute em Cabo Verde saídas para a crise do Turismo

2º Fórum da Organização Mundial de Turismo sobre investimento do sector em África

Repensar o turismo e apostar em produtos mais sustentáveis e responsáveis, nomeadamente em zonas ao ar livre, naturais ou rurais, é uma das saídas para a maior crise que o sector enfrenta e que vai ser analisada em Cabo Verde, este fim-de-semana, na 2.ª edição do Fórum Mundial da Organização Mundial do Turismo sobre o Investimento Turístico em África (FMITA).

O evento realiza-se no quadro da 64.ª reunião da Comissão Regional Africana da Organização Mundial do Turismo, organismo das Nações Unidas, onde será discutido o orçamento para os próximos dois anos.

A 2.ª edição do FMITA, que se realiza um ano depois do primeiro em Abidjan, Costa do Marfim, decorre numa altura em que são tímidos os sinais de retoma num sector que registou perdas de 1,3 biliões USD nas receitas de exportação do turismo internacional, em 2020. As restrições nas viagens, impostas pela pande
mia da Covid-19, que atiraram o número de viajantes para níveis de há 30 anos, mantêm-se e a procura teima em deslocar.

Ao longo de três dias, os mais de 200 participantes vão analisar mecanismos para reagir à crise e possibilidades de investimento no sector em África. Lado a lado na ilha do Sal estarão ministros africanos do turismo, altos representantes do secretariado da Organização Mundial do Turismo (UNWTO, na sigla em inglês), incluindo o secretário-geral, organizações internacionais e entidades privadas.

O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) global no sector, segundo a UNWTO, "caiu 74% para 15,7 mil milhões USD" e a criação de emprego encolheu 72% em 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, dados que atestam as dificuldades que enfrentam os operadores.

Este tombo foi "consequência das restrições de viagem a nível mundial" que provocaram uma "queda maciça na procura", gerando perdas de mil milhões de chegadas de turistas internacionais, em 2020, um declínio de quase 73% relativamente a 2019. Ásia e Pacífico sofreram a maior queda nas chegadas internacionais em 2020, 84%. Segue-se África e o Médio Oriente, com menos 74%, e Europa e Américas, com menos 68%, segundo a edição de Julho do Barómetro Mundial do Turismo.

(Leia o artigo integral na edição 640 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Setembro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)