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África

JPMorgan avança para o Quénia após luz verde do supervisor bancário

AUTORIZADO ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO

O Banco não está autorizado a realizar negócios bancários, devendo limitar-se ao marketing e escritórios de ligação, esclarece banco central.

O JPMorgan Chase vai avançar para o Quénia, após o regulador queniano autorizar a abertura de um escritório de representação no país. O aumento da presença em África passa também por estabelecer representações na Costa do Marfim, como admitiu Jamie Dimon, CEO do banco, sediado em Nova Iorque, que em Outubro realizou a primeira viagem em sete anos ao continente, com passagem pelo Quénia, Nigéria e África do Sul.

De acordo com Jamie Dimon, a intenção do JP Morgan é "acrescentar um país ou dois em África, a cada dois anos", aumentando assim o número de economias onde está presente e que ultrapassa uma centena de países, três deles em África: África do Sul, Egipto e Nigéria.

No Quénia e na Costa do Marfim, o banco irá concentrar-se na banca comercial e de investimento, nos serviços de tesouraria e, possivelmente, em empréstimos, esclareceu à Reuters o CEO do JPMorgan, que descartou, para já, oferecer serviços de gestão de activos, já disponíveis na África do Sul e na Nigéria. Há muito que o banco norte-americano pretende instalar-se no Quénia e no Gana, mas esbarrou com a recusa dos reguladores.

No caso do Quénia, o Banco Central deu autorização para a abertura de um escritório de representação, ao abrigo da Secção 43 da Lei Bancária. "De acordo com a Lei Bancária, os Escritórios de Representação de bancos estrangeiros no Quénia servem como escritórios de marketing e de ligação aos seus bancos-mãe e afiliados e não estão autorizados a realizar negócios bancários", esclarece o Banco Central do Quénia, num comunicado de 14 de Outubro, onde deixa claro que o JPMorgan "operará de acordo com este requisito".

Os mercados internacionais "são uma área de crescimento para o JPMorgan, que possui mais de 4,2 mil biliões de dólares em activos e opera em mais de 100 países". A expansão, segundo Jamie Dimon, pode não ter um impacto material no negócio do JPMorgan a curto prazo, mas será benéfica para o banco, que após a crise financeira de 2008 foi impedida pelo governo dos EUA de se expandir para África. "Disseram que os bancos eram arriscados e não queriam adicionar nenhum risco. Estavam errados", afirmou Jamie Dimon, em Abuja, Nigéria, citado pelo African Business.

Uma década depois, em 2018, o JPMorgan tentou obter licenças para oferecer serviços bancários no Gana e no Quénia, sem sucesso.

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