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África

Violência na África do Sul: 32,2 milhões USD para 77 empresas

Aprovados apoios de 67,6 milhões de dólares

Governo criou fundo para apoiar empresas atingidas pela onda de violência em Gauteng e KwaZulu-Natal. Os primeiros cheques já foram entregues

O governo sul-africano disponibilizou, ate" final de Setembro, 512 milhões de rands (32,2 milhões USD) de um total superior a mil milhões (67,6 milhões USD) para apoiar 77 empresas afectadas pela onda de violência e saques que atingiu, em Julho, as províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal, após a prisão do ex-Presidente Jacob Zuma.

Os apoios aprovados por dois organismos públicos - a Industrial Development Corporation (IDC) e o National Empowement Fund (NEF) - abrangem um total de 164 propriedades afectadas e permitiram salvar "7.797 postos de trabalho", salienta um comunicado do Ministério do Comércio e Indústria.

Este pacote de intervenções de socorro e apoio "tem sido crítico para a restauração dos principais canais de abastecimento afectados" e segue-se ao anúncio de uma facilidade especial de apoio às empresas afectadas pelos distúrbios anunciado pelo ministro do Comércio, Indústria e Concorrência, Ebrahim Patel.

Para mitigar os prejuízos, o governo criou um fundo especial de apoio às empresas, algumas das quais foram fortemente afectadas. Uma das empresas apoiadas, a Kingsgate Clothing Group, por exemplo, teve quatro locais afectados pelos tumultos.

Os motins de Julho "afectaram o crescimento económico, os empregos e a transformação, afectando a confiança dos investidores na economia nacional", admite o governo, notando que os fundos de apoio às empresas vandalizadas fazem parte de um pacote mais vasto de medidas de auxílio, anunciado a 28 de Julho.

Como parte deste pacote de auxílio, os ministros do Comércio, Indústria e Concorrência e do Desenvolvimento das Peque- nas Empresas forneceram por- menores sobre o financiamento de cerca de 4 mil milhões de rands (267 milhões USD) para apoiar as empresas afectadas.

Os motins de Julho, que começaram na região de KwaZulu-Natal espalhando-se depois para Joanesburgo afectaram perto de 40 mil empresas. Mais de 350 pessoas foram mortas e os prejuízos ascenderam a 3,4 mil milhões USD.

Só na região de KwaZulu-Natal 161 centros comerciais, 300 bancos e estações de correios sofreram "danos graves". Um total de 90 farmácias foram totalmente destruídas "sem qualquer possibilidade de reconstrução".