Brasil é o país lusófono que tem mais empresas referenciadas
País surge com cerca de 1.400 empresas referenciadas no processo que divulgou esta semana informações sobre mais de 214 mil offshores em mais de 200 países e territórios. Portugal é o segundo mais referido, seguido de Moçambique e Cabo Verde. São Tomé e Timor não surgem no processo.
O Brasil é o país do universo da lusofonia com o maior número de empresas referenciadas nos 11,5 milhões de documentos da investigação "Papéis do Panamá" sobre offshores, segundo dados divulgados pelo jornal Irish Times.
O Brasil surge com 1.399 companhias referenciadas nos documentos da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, que estão na base de uma investigação jornalística e contêm informações sobre mais de 214 mil offshores em mais de 200 países e territórios.
Segundo os mesmos documentos, a empresa do Panamá tem no Brasil 40 clientes, havendo ainda neste país 292 "beneficiários" e 1.659 "accionistas". Segue-se Portugal, com 244 empresas, 34 beneficiários, 23 clientes e 255 accionistas, e Angola, com dez empresas, um cliente, 18 beneficiários e 40 accionistas.
Moçambique aparece referenciado com três empresas, três clientes, dez beneficiários e 18 accionistas, enquanto Cabo Verde somente com accionistas (27) e a Guiné-Bissau com um beneficiário e um accionista, tal como sucede com a Guiné Equatorial.
*Jornalista da Agência Lusa
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