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Guiné-Bissau: Empresa de Electricidade e Água da Guiné-Bissau “tecnicamente falida”

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A Empresa de Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB) está "tecnicamente falida" e sem soluções para a falta de água e electricidade na capital, que já dura há um mês, referiu o seu director-geral.

"A empresa está tecnicamente falida. Enquanto director-geral da EAGB não tenho solução, mas acredito que o Governo possa arranjar uma", defendeu Wasna Papai Danfá em conferência de imprensa.

Segundo Danfá, a EAGB não consegue facturar o suficiente para comprar gasóleo que alimente a central eléctrica da capital do país, Bissau, onde não existe outra fonte de produção de electricidade.

De acordo com o director, tem sido privilegiada a utilização de energia para bombagem de água, "pelo menos durante algumas horas", para ser utilizada pela população e para o Hospital Nacional Simão Mendes.

Os poucos pontos de luz que se avistam durante a noite na capital e nalgumas povoações do país provêm de geradores dos estabelecimentos comerciais e de habitações particulares - e para a água correr nas torneiras é necessário ter um furo, depósito ou bomba.

Papai Danfá referiu hoje que a EAGB tem pouco mais de 27 mil clientes registados, 13 mil dos quais com contadores pré-pagos, ou seja, pagam adiantado para ter o serviço, mas nem a esses a empresa tem conseguido fornecer energia e água regularmente.

Questionado sobre qual seria a solução ideal para a EAGB, Danfá defendeu que, tal como já foi sugerido num estudo do Banco Mundial, o melhor é promover uma profunda reforma da empresa.

"O Banco Mundial recomendou ao Governo que privatize, que promova uma profunda reforma ou que liquide a empresa, mas até hoje não foi tomada nenhuma decisão", observou Papai Danfá.

O director da EAGB afirma que com o elevado preço do petróleo no mercado internacional e atendendo ao poder de compra dos guineenses será sempre difícil que a empresa consiga rentabilizar-se, pelo menos enquanto o país não tiver fontes de energia alternativas.

"Nenhuma empresa do mundo que funcione à base de energia fóssil é rentável", sublinhou

Além de dificuldades na obtenção de receitas a empresa deve ainda a um banco comercial de Bissau mais de seis milhões de francos CFA, dinheiro que tem estado a pagar regularmente, notou ainda o director-geral da EAGB.

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