De acordo com uma consulta da Bloomberg, 22 dos 24 inquiridos crê que a OPEP deverá reafirmar a 4 de Dezembro o compromisso de fornecer ao mercado 30 milhões de barris de crude por dia. O cartel prevê que a procura se cifre em 2014 nos 29,6 milhões de barris diários. No entanto, a Arábia Saudita poderá reduzir informalmente o fornecimento, admite a Société Générale (SG).

"Não terão de fazer coisa alguma na reunião. Não estão sob nenhuma pressão e os preços encontram-se ao nível desejado pelos sauditas e por outros", disse à Bloomberg o director do departamento de research da SG para o sector petrolífero, Mike Wittner.

O crescimento de economias em vias de desenvolvimento como a China deverá compensar a quebra na procura do crude dos países da OPEP causada pela expansão da produção de gás de xisto nos Estados Unidos. Uma meta de produção mais baixa colidiria também com os planos de aumento de produção do Iraque e a expectativa iraniana de um reforço das exportações petrolíferas com o levantamento das sanções internacionais contra Teerão, após o acordo com a comunidade internacional em torno do dossiê nuclear.

O barril de Brent encontra-se actualmente nos 110 dólares, o dobro da média entre 2000 e 2009. O preço está 20 a 25 dólares acima do limiar estabelecido pela Arábia Saudita, que lidera na prática o cartel petrolífero e produz cerca de 33% do crude da organização.

No dia 10, o ministro angolano do Petróleo, José Maria de Vasconcelos, tinha já dito não ver qualquer motivo para uma alteração das metas.

A organização deverá aproveitar o encontro da próxima semana para discutir o nome do sucessor do secretário-geral Abdalla El-Badri. Os actuais membros da OPEP são Angola, a Argélia, Equador, Irão, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

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