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Arábia Saudita "baralha" as contas do futebol e os ingleses continuam a dominar o negócio

DADOS TRANSFERMARKT PARA A ÉPOCA 2023/2024

Os clubes da Arábia Saudita fizeram compras de cerca de 900 milhões euros, levaram 40 "craques" para a sua liga e inflacionaram os ordenados no mundo do futebol. Mas são os ingleses que continuam a dominar o negócio, sendo que os 20 clubes da Premier League investiram 2.811 milhões euro em novas transferências.

A entrada da Arábia Saudita no mercado do futebol foi a grande novidade desta janela de transferências, sendo responsáveis por cerca de 30 compras com alguma dimensão, com um valor global de mais de 900 milhões de euros, com destaque para Neymar (90 M euro), Otávio que veio do Porto (60 M euro), Malcom que era jogador do Zenit (60 M euro), o português Ruben Neves que era jogador do Wolves (55 M euro), o ponta de lança do Fulham Aleksandar Mirtovic (52,6 M euro), e o médio Fabinho do Liverpool (46,7 M euro).

Por valores inferiores, foram também contratadas outras figuras do futebol mundial de que são exemplo Riyad Mahrez (35 M euro), Sadio Mané (30 M euro), Aymeric Laporte (28 M euro), Kalidou Koulibaly (23 M euro), Bono (21 M euro), Eduardo Mendy (18,5 M euro), Yannick Carrasco (15 M euro), Jordan Henderson (14 M euro), Franck Kessie (12,5 M euro) e Wijnaldum (8 M euro). E juntaram-se ainda outros craques a custo zero, em final de contrato, como Karim Benzema, N"Golo Kanté, Roberto Firmino ou Moussa Dembelélé.

A questão do financiamento dos clubes sauditas começa já a ser discutido sob duas perspectivas - por um lado obrigá- -los a estar ao abrigo do fair play financeiro tal como acontece na Europa e na América do Sul, e por outro a origem dos dinheiros, uma vez que as principais equipas estão a ser apoiadas pelo fundo nacional saudita, que não está sujeito a compliance por parte das principais instituições internacionais. Se até aqui isso não era um problema, a partir do momento em que a Liga Saudita se tornou na 9ª mais valiosa do mundo, a FIFA vai ter de fazer alguma coisa.

No total, nas 18 equipas que disputam a liga saudita existem nesta altura 150 estrangeiros, sendo que representam cerca 29% dos atletas inscritos. O regulamento do campeonato diz que cada equipa pode inscrever no máximo 8 estrangeiros e ter em campo apenas 6. Já está em discussão o alargamento destes limites porque as principais equipas já fizeram um número de contratações acima destes valores e a janela das transferências só fecha no próximo dia 16 de Setembro, apesar de já estarem disputadas 5 jornadas da Liga.

Se olharmos para o valor dos planteis, quatro equipas estão claramente acima das restantes. O Al-Hilal, com um plantel avaliado bem 259,5 M euro, treinado por Jorge Jesus (com Neymar, Milinkjovic-Savic, Ruben Neves, Malcom, Mitrovic, Koulibaly, Bono e Michel), o Al Nassr, plantel avaliado em 204,1 M euro e treinado Luís Castro (com Cristiano Ronaldo, Sadio Mané, Otávio, Aymeric Laporte, Seko Fonfana, Marcelo Brozovic, Talisca, Alex Telles e David Ospina) o Al-Ahli, plantel avaliado em 198,3 M euro e treinado por Mathias Jaissle (com Ryad Mahrez, Roberto Firmino, Frank Kessie, Gabriel Veiga, Eduardo Mendy, Allan Saint-Maximin e Roger Ibanez), e o Al-Ittihad, plantel avaliado em 120 M euro, treinado por Nuno Espírito Santo (com Karim Benzema, Fabinho, N"Golo Kanté, Jota, Romarinho e Marcelo Grohe).

A correr por fora para o título estão também o Al-Shabab (com Yannick Carrasco, Habib Diallo e Éver Banega), o Al-Ettifaq (com Moussa Dembelélé, Jordan Hederson e Wijnaldum e o All Taawoon (com Musa Barrow e Álvaro Medrán).

Premier League lidera em todas as frentes

O campeonato inglês fechou esta janela de transferências, mais uma vez, á frente no valor gasto, sendo que os 20 clubes compraram jogadores num total de 2,811 mil milhões euros, muito acima do que aconteceu em qualquer outra liga. Se olharmos para a diferença entre as compras e as vendas, apenas cinco clubes tiveram saldos positivos, Brigthon (+89 M euro), Wolverhampton (+73,7 M euro), Leicester (+ 62 M euro), Everton (33 M euro) e West Ham (18,8 M euro). Todos os restantes gastaram mais do que receberam.

O Chelsea foi o clube que mais comprou (464,1 M euro), o que mais vendeu (267 M euro), e também que apresentou o saldo mais negativo entre entradas e saídas (-197,1 M euro), dentro daquilo que foi a sua estratégia de alterar radicalmente a composição do seu plantel. Mas todos os grandes clubes ingleses voltam a comprar muito mais do que foram as suas vendas - Arsenal (-167 M euro), Manchester United (-151,4 M euro), Tottenham (- -135,9 M euro), Manchester City (- -126,6 M euro), Liverpool (-111,3 M euro) e Newcastle (-108,6 M euro). Em teoria, significa que ficaram mais fortes, com um plantel mais valioso.

Leia o artigo integral na edição 741 do Expansão, de sexta-feira, dia 08 de Setembro de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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