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Mundo

China elimina restrições e anima mercados

SEMANA DE 06 A 11 DE JANEIRO

Gigante asiático aboliu quarentena obrigatória com teste negativo e sinaliza maior reabertura da economia. Sinais de abrandamento da inflação e melhoria de indicadores económicos animam investidores.

No último domingo (08.01.2023), o Governo chinês aboliu a quarentena obrigatória para os estrangeiros que cheguem ao País e apresentem um teste de Covid-19 negativo. Esta decisão constitui um dos maiores passos no avanço da flexibilização das restrições anti-covid que haviam sido implementadas no País. A medida junta-se a outras recentes e sinalizam uma maior reabertura da economia chinesa, gerando expectativas positivas aos mercados. À reabertura da China juntou-se aos sinais de desaceleração da inflação global, o que animou os investidores.

Os dados preliminares divulgados pelo gabinete de estatística da União Europeia indicaram que a taxa de inflação homóloga na Zona Euro terá abrandado pela segunda vez consecutiva em Dezembro (9,2%), numa semana, em que os juros da dívida soberana, na Zona Euro e nos EUA, diminuíram.

Em contrapartida, os principais mercados accionistas subiram, tendo chegado a negociar em máximos de Abril de 2022. No mercado europeu, o índice de referência para a região, Euro Stoxx 600, registou uma valorização semanal de 2,8% para valores máximos registados a 29 de Abril de 2022. Nos EUA, os principais índices de Wall Street valorizaram, em média, cerca de 2,65% com destaque para o Nasdaq que valorizou cerca de 3,42%. Na Ásia, destaque para o mercado de Hong Kong, onde o índice de Hang Seng valorizou 6,41%, enquanto no continente africano o All Share da Africa do Sul avançou 5,64% para 78 636,68 pontos.

Entre os principais movimentos de mercados, no subsector energético, as cotações do petróleo avançaram mais de 3%, apesar do Instituto Americano do Petróleo ter revelado que os níveis de stock de crude norte-americano voltaram a estar elevados. Os inventários subiram, na última semana, cerca de 14,9 milhões de barris. De referir que, no segmento do gás, os preços recuaram mais de 11%.

Entre outros temas importantes da semana, realce para a revisão em baixa do crescimento mundial efectuada pelo banco Mundial, de 3% para 1,7% em 2023, justificado pelas contínuas pressões inflacionistas, subida das taxas de juro e o conflito na Ucrânia. Importa referir que, o calendário económico da última semana registou a divulgação de importantes indicadores, a criação de mais 20 mil postos de trabalho nos EUA face ao esperado, manutenção da taxa de desemprego em Novembro na Zona Euro (6,5%) e na União Europeia (para 6%), bem como a ligeira melhoria (+0,2%) da produção industrial da Alemanha em Novembro de 2022.