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Covid-19 ainda não deixou de prejudicar a economia global

De acordo com dados monitorados pela Bloomberg Nowcast

Dos Estados Unidos à China passando pela Alemanha ou pelo Reino Unido, os dados mais recentes dão conta de desaceleração económica, e as duas principais economias do mundo, EUA e China, são disso exemplo.

A economia dos Estados Unidos está em desaceleração neste trimestre, com um crescimento de 5,8%, abaixo dos 6,6% do segundo trimestre, de acordo com a Bloomberg.

Na China, o crescimento foi de 6,1% no mesmo período, sendo que no trimestre anterior foi de 7,9%. Ao procurar as causas para esta desaceleração, os analistas apontam a variante Delta mas também, e no caso da China, o desinvestimento por parte do governo chinês em indústrias poluentes. Há, por parte das elites empresariais chinesas, uma nova agenda de "prosperidade comum".

Os analistas ouvidos pela Bloomberg adiantaram que os dados apontam para uma recuperação mais suave, mas para uma reversão, alertando, naturalmente, para o facto do novo coronavírus nas suas múltiplas variantes, em especial da Delta, continuar a ser uma variável significativa, e imprevisível, da economia global.

O ritmo de crescimento e os níveis da inflação são, neste momento, particularmente desafiadores para os governos e bancos centrais em todo o mundo, com a ano a terminar com a produção global aquém dos valores pré-pandemia.

Na Europa e no Reino Unido a inflação deve estar acima dos 2% previstos pelos bancos centrais.

Tanto Jerome Powell, na Reserva Federal norte-americana (Fed), como Christine Lagarde, no Banco Central Europeu (BCE) não tem opções fáceis. Lagarde já avisou que o BCE vai desacelerar a compra de títulos dos países da Zona Euro, e houve reparos, e é previsível que Powell vá pelo menos caminho, começando a desacelerar a compra de activos por parte da Fed.