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G20 aceitam tributar mais ricos e reforçar financiamento climático

PRESIDÊNCIA BRASILEIRA LANÇA ALIANÇA GLOBAL CONTRA A FOME

Estudo do economista francês Gabriel Zucmane indica que, se os 3.300 bilionários do mundo pagassem o equivalente a 2% da sua riqueza em impostos, seriam arrecadados anualmente até 250 mil milhões USD, dinheiro que serviria para investir no "enfrentamento dos desafios sociais e ambientais do nosso tempo", afirmou Lula da Silva

Os líderes do G20 comprometeram-se a tributar os bilionários, a "dar gás" à transição energética e a manterem-se firmes no combate à fome e à pobreza, na Declaração de Líderes do Rio de Janeiro, documento de 24 páginas que consagra os principais compromissos da presidência brasileira, que passou o testemunho à África do Sul, país que detém a presidência do grupo das 20 economias mais industrializadas em 2025.

O documento, que obteve consenso de todos os países-membros, reforça o papel do G20 "por abordar os desafios globais e promover o crescimento forte, sustentável e inclusivo", num contexto de "grandes desafios e crises geopolíticas, socioeconómicas, climáticas e ambientais", como destaca a presidência brasileira, embora nem todos os governos estejam alinhados nalguns pontos.

A proposta para taxar os bilionários, com 2%, é uma das mais polémicas. A proposta foi aprovada por consenso pelos membros do G20, nos meses de negociações que antecederam a Cimeira de Cúpula, mas nas negociações finais o governo da Argentina recuou e pediu a retirada do parágrafo 20 da declaração final, que consagra este compromisso.

Entre os observadores convidados pela presidência brasileira, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, por exemplo, manifestou abertura para debater um imposto de 2% sobre os super-ricos, mas admitiu que nem Portugal, nem o G20 estão "ainda em condições de assumir uma decisão" sobre essa matéria. Este é um dos principais pontos de fricção no rol de boas intenções proclamadas na Declaração de Líderes do Rio de Janeiro, que se realizou em paralelo com a COP29 (ver texto ao lado), em Baku, no Azerbaijão.

Um estudo encomendado pelo Governo brasileiro ao economista francês Gabriel Zucmane indica que, se os cerca de 3.300 bilionários do mundo pagassem o equivalente a 2% da sua riqueza em impostos, poderiam ser arrecadados anualmente entre 200 e 250 mil milhões USD, dinheiro que poderia ser canalizado para financiar a transição energética dos países em desenvolvimento, os mais penalizados.

Leia o artigo integral na edição 803 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui.

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