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Para salvar a economia, Bolsonaro terá sacrificado 300 mil brasileiros

Senadores retiram do relatório da CPI as acusações de genocídio e homicídio contra Bolsonato

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso brasileiro ponderou recomendar que o Presidente Jair Bolsonaro fosse acusado de "crimes contra a humanidade", porque deixou de forma intencionalmente o novo coronavírus alastrar pelo país e matar centenas de milhares de pessoas, numa tentativa falhada de alcançar a imunidade do grupo e revitalizar a economia. Numa reviravolta inesperada, as acusações foram retiradas na noite desta terça-feira

No relatório da CPI, que, parcialmente, começava a ser conhecido, recomendava-se também a acção judicial contra outras 69 outras pessoas, incluindo os três dos filhos de Bolsonaro.

A CPI tinha inicialmente recomendado no relatório que o Bolsonaro fosse acusado de homicídio em massa e genocídio contra grupos indígenas na Amazónia, onde a Covid dizimou populações durante meses e onde os hospitais ficaram sem oxigénio. Mas, entretanto, terá ido mais longe.

Na terça-feira, na véspera da divulgação prevista do relatório, a comissão retirou as acusações recomendadas de homicídio e genocídio, disse Renan Calheiros, o relator da CPI, no entanto, os 11 membros da CPI - sete claramente em oposição a Bolsonaro - poderá, no limite, polarizar ainda mais a sociedade Brasil, a um ano das eleições presidenciais.

As acusações, a todos os títulos extraordinárias, aparecem num relatório de quase 1.200 páginas que efectivamente culpa Bolsonaro pela morte de mais de 300 mil brasileiros, metade do número de mortos devido ao novo coronavírus do Brasil, e insta as autoridades brasileiras a prender o Presidente, isto de acordo com os excertos do relatório que se vão conhecendo e com as palavras de alguns do senadores que participaram da CPI.