A literatura especializada indica que países em desenvolvimento como Angola precisam de grandes volumes de investimentos que podem ser públicos, privados ou ainda em forma de parceria público- -privada. Assim sendo, foi com bastante interesse que identificamos no "Relatório de Fundamentação" do OGE 2022 um ligeiro crescimento das despesas de investimento, i.e., saíram de 3,4% do PIB em 2021 para 3,7% em 2022 (ver quadro 1 abaixo).

Num ano eleitoral era expectável um aumento da despesa. Nesse caso, o aumento proposto está alinhado com a posição do Executivo, expressa no OGE, segundo a qual Angola poderá sair do actual ciclo recessivo no próximo ano, crescendo 2,4%. Porém, apesar de nos apresentar uma previsão de crescimento da economia chinesa baseada no relatório "Perspectiva da Economia Mundial" do FMI, o documento não analisa as implicações que o desacelerar do crescimento na China tem para Angola. Assim sendo, mais do que saudar este aumento da despesa de investimento, precisamos analisar se o mesmo vai contribuir para dinamizar outros sectores da economia nacional.

* docente e investigador da UAN

(Leia o artigo integral na edição 652 do Expansão, de quarta-feira, dia 26 de Novembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)