A Universidade Católica de Angola (UCAN) vai realizar a 22ª edição da Feira da Empregabilidade, de 22 a 24 de Abril, para colocar os estudantes da instituição em contacto com o mercado de trabalho, através das empresas que estarão presentes no evento.

A feira, que acontece numa altura em que a universidade está a comemorar 25 anos de existência, vai juntar, na praça da alimentação, no Palanca, várias empresas que nesta altura estão a confirmar a sua presença.

De acordo com a organização, está confirmada a presença de empresas como a PwC, a Ernst & Young, a KPMG e a Deloitte, quatro empresas viradas para a consultoria, e ainda da Nestlé, do Banco Sol e da Bremont a, entre outras.

Durante os três dias da feira vão acontecer workshops, onde serão abordados temas relacionados com o mercado de trabalho e a academia, exposições e acções de formação sobre diferentes sectores.

Diógenes Oliveira Cabunde, secretário-geral da Associação de Estudantes da Universidade Católica de Angola, explicou que as portas estão abertas para receber qualquer empresa que deseje fazer parte do evento, no sentido de exporem os seus produtos e darem oportunidades de emprego ou de estágio profissional aos estudantes que estão a concluir a sua formação.

"A expectativa é que a Feira da Empregabilidade consiga construir relacionamentos com indivíduos e empresas para fins profissionais, uma vez que ela é direcionada aos estudantes pré-finalistas e finalistas de diferentes cursos da Universidade Católica de Angola", explicou.

Formação versus emprego

Numa altura que a empregabilidade continua a ser um dos grandes desafios dos estudantes, o estudante de Economia, Diógenes Oliveira Cabund, apontou que uma das vias para enfrentar esse desafio passa, essencialmente, por investir na qualificação de mão-de-obra e na criação de políticas claras de fomento em vários aspectos.

"Uma das apostas deve ser na educação e voluntariado, portanto, quer o Estado e demais instituições deveriam promover programas de educação e voluntariado de fácil acesso, mormente de qualidade, pois aí os estudantes estariam munidos de ferramentas essenciais para inovar e empreender. Devido à situação económica do País, muitas empresas não têm capacidade para contratar, porém com o voluntariado, ambos os lados ganham: o estudante ganha conhecimento e a experiência e a empresa ganha mão-de-obra".

Por outro lado, o estudante entende que deve haver políticas de emprego que favoreçam e estimulem a criação de emprego e o empreendedorismo, como incentivos fiscais para empresas que contratam jovens e programas de apoio às PMEs. Sublinha que é importante facilitar o acesso ao crédito e reduzir a burocracia para incentivar a criação de negócios, mormente assumir um compromisso sério com a reforma do sistema educativo, uma vez que é urgente investir na educação e na formação técnico-profissional. Mas também é preciso pôr em prática a reforma do sistema educacional, uma vez que é urgente que se invista na educação e na formação técnico-profissional.

"Uma das nossas preocupações deve incidir na actualização dos currículos, no melhoramento da qualidade do ensino e na promoção de uma educação que consiga alavancar o empreendedorismo. Também é importante sublinhar que as políticas de emprego e qualificação da mão-de- -obra sejam inclusivas e atendam às necessidades de diferentes nichos ou grupos".

A feira enquadra-se nas comemorações dos 25 anos de existência da Universidade Católica, que durante estes anos já formou mais de 7 mil licenciados.