Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Logo WeekendWeekend

"Nem sempre é fácil angariar patrocinadores para projectos culturais"

Paula Nascimento

Arquitecta e curadora com bastantes passagens em palcos culturais internacionais, esteve na Bienal de Arquitectura de Veneza de 2021 com o projecto "Desdobrando Ambiguidades Urbanas" agora também patente na Bienal de Luanda 2021

O projecto Desdobrando Ambiguidades Urbanas foi apresentado como uma contribuição angolana na Bienal de Arquitectura de Veneza deste ano e chega também à Bienal de Luanda. Como está a ser a experiência?

É importante frisar que não é a "contribuição angolana" no sentido em que não foi uma participação como Pavilhão de Angola, mas sim, fomos os representantes de Angola numa edição da bienal com o maior número de participantes do continente africano. A participação foi na exposição central da Bienal, a convite da equipa curatorial da última edição da Bienal de Arquitectura, liderada pelo arquitecto e académico Hashim Sarkis.

Como foi o processo de preparação?

Foi um processo intenso, a meio da produção acontece a Covid-19 que levou ao adiamento da Bienal por um ano, o que teve um impacto grande na pesquisa de campo que tínhamos em curso. No entanto, desde o início e aceitação do convite da Bienal e definição da equipa e do projecto a apresentar, sempre tivemos como objectivo fazer algum evento em Luanda a apresentar o projecto ou até mesmo trazer a exposição por completo para cá. O Goethe Institut facilitou e tornou possível este processo, de forma mais ou menos inusitada, e acabamos por conseguir fazer coincidir as exposições em Veneza e em Luanda.

Por que a escolha do tema do projecto?

As bienais, sejam de arquitectura ou de artes têm temas centrais e subtemas. No nosso caso, o convite foi para estar presente na exposição central com o tema "how will we live together", enquadrados no sub-tema "borders/fronteiras". Neste sentido, a proposta apresentada é uma tentativa de responder ou de problematizar questões e desafios levantados pela própria equipe curatorial.

E escolheram as fronteiras...

Abordamos o tema "fronteiras" no contexto urbano, e resolvemos olhar para dentro da cidade e tentar perceber que tipos de estruturas que eventualmente servem como fronteiras urbanas enquanto espaços de relações complexas, criados ora artificialmente ou naturalmente. O ponto de partida é o prédio do livro do São Paulo e especulamos o que acontece quando "se derruba" uma fronteira e se abre um espaço que pode ou não ser uma tábua rasa...

(Leia o artigo integral na edição 653 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Dezembro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo