Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Logo WeekendLifestyle

"Quero o mundo todo, não só países de língua e expressão portuguesa"

TOTY SA"MED

Está entre os artistas convidados para cantar no 30º aniversário do Caixa Angola e na 6ª edição Festival Caixa Fado 2023, numa altura em que afirma estar satisfeito com o processo de internacionalização da sua carreira. As indústrias criativas são um forte aliado para a diversificação da economia.

Esteve na 26ª edição do Festival da Canção de Luanda, que já venceu na categoria da crítica. Como foi revisitar aquele palco?

A minha história com o Festival da LAC começou com a participação como concorrente, cuja performance rendeu-me o prémio do público. Regressar como artista convidado é uma realização e um marco histórico na minha carreira. Sinto-me honrado. A LAC é uma instituição que valoriza os seus quadros e as pessoas que por lá passam.

Que lembranças tem da noite em que venceu uma das categorias de um dos maiores festivais de música no País?

Na verdade, apenas venci o prémio da crítica. Lembro-me de um Cine Atlântico muito cheio de gente que gosta de boa música e de ter ficado muito grato por ter sido o escolhido do público. Foi uma sensação indescritível. Lembro-me também que a Sara Dem, vencedora daquela edição, deixou todo o mundo rendido à sua performance, embora eu tenha arrancado muitos aplausos do público.

E terá agora o Caixa Fado. O que os presentes terão de si?

Vou dar tudo o que tenho, como sempre e vou revisitar temas que compus para fadistas, bem como alguns clássicos. Dou sempre um toque pessoal às minhas interpretações, o que pode ser uma surpresa interessante para quem vai assistir. O Fado tem muito para se explorar e vou tentar tirar partido da minha experiência musical para deixar uma boa impressão.

Como está o processo de internacionalização da sua carreira?

Vai bem e como todo o processo orgânico, tem fases de maior dinâmica que outras, especialmente agora que estou a virar-me temporariamente para o mercado angolano, pela necessidade de solidificar a minha presença em Angola. Penso que muito já foi alcançado nos últimos anos e o melhor ainda está por vir.

Trabalhar com a produtora "Kiôlo" aumenta as hipóteses da internacionalização?

A Kiôlo é uma equipa fantástica responsável pelo sucesso de artistas como o Dino d"Santiago, portanto, foi também graças à Kiôlo que este processo de internacionalização tem sido mais suave.

Por que razão não trabalhou com uma produtora em Angola?

Na verdade, fundei com o Kalaf Epalanga uma produtora chamada Musseke, pela qual lançámos o primeiro EP, "Ingombota", e o single "Maldita". Embora ainda me considere um artista independente, fazer a distribuição do álbum pela Sony Portugal foi definitivo para o bom desempenho do álbum.

Já está onde queria estar?

Definitivamente, não. Tenho ambições mas também os pés no chão, por outro lado. Vou me equilibrando entre ambas as premissas. Quero o mundo todo, não só países de língua e expressão portuguesa, mas com certeza o Brasil é o próximo grande objectivo.

Em que medida é que ser compositor e produzir também para outros profissionais "rouba" tempo para o teu ser cantor?

Eu sempre fui tudo menos cantor, tanto que a afirmação como cantor chegou apenas há alguns anos. Acho que ser cantor exige um bocado menos de mim do que produzir, portanto, é fácil conciliar.

Está envolvido em outros projectos neste momento? Quais?

Neste momento, estou a compor canções novas e não tenho nenhum trabalho criativo fora disso. Penso que o "Moxi" precisa de um substituto que tenha tanta dedicação, ou até mais, se for possível.

Leia o artigo integral na edição 746 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Outubro de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)