A dívida global dos clientes da ENDE, em 2021, foi avaliada em 202,8 mil milhões Kz, dos quais 19 mil milhões são da responsabilidade do Estado, de acordo com o relatório de balanço da ENDE referente ao ano de 2021. A dívida do Estado é referente às instituições e empresas públicas. O País conta com mais de 1,7 milhões de clientes, dos quais 11 mil de alta tensão, 7 mil de média e 1,7 milhões de baixa tensão.

A ENDE indica que os resultados comerciais alcançados no período ainda não são suficientes para financiar os grandes projectos, sobretudo na distribuição, porque a dívida dos clientes ainda é muito alta. Para pressionar os deveres, indica a fonte da ENDE, a empresa tem vindo a desenvolver os cortes, acordos de pagamentos parcelados e acertos de consumo.

Por isso, a ENDE tem inviabilizado a implementação de outros projectos da empresa, com realce para a expansão da rede eléctrica e a reposição do material em armazéns da instituição. Em 2021, a ENDE adquiriu da RNT 13,8 mil milhões KVh e as perdas técnicas fixaram-se nos 1,6 mil milhões kVh, representando uma quebra de 21% face ao ano anterior de 2021.

Em termos de distribuição foram distribuídos 12,2 mil milhões kWh e a energia facturada rondou os 9,5 mil milhões kWh durante o período em referência. Já as perdas comerciais foram de 2,7 mil milhões kVh, menos 2% comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No entanto, para inverter este quadro, a ENDE trabalha na maximização da qualidade e eficiência do serviço, assim como reduzir as perdas totais e muito particularmente as comerciais, focando-se na melhoria da facturação e na satisfação plenas dos clientes.

Outro desafio imperioso é o combate à fraude e a melhoria da receita com a cobranças aos clientes devedores e outras acções com vista a melhoria do desempenho comercial. Acrescente-se que a ENDE tem das tarifas de electricidade mais baixas do mundo, enquanto que a Alemanha lidera os preços da energia.