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Angola

Comercialização de habitações este ano não contempla Luanda

DISPONÍVEIS IMÓVEIS EM SETE PROVÍNCIAS

A venda de imóveis do Programa Habitacional do Estado em algumas províncias do País está dependente da conclusão de infraestruturas e serviços básicos, como água, energia e saneamento. Aspectos técnicos que têm afectado os imóveis já construídos.

Cerca de nove mil imóveis nas centralidades do País deverão ser comercializadas ainda este ano, caso sejam resolvidos alguns problemas infraestruturais que condicionam a entregua das habitações.

A centralidade da Quilemba, na província da Huíla, como apurou o Expansão, é a que tem o maior número de imóveis disponíveis, mas a falta de água e energia está a condicionar o seu processo de comercialização. A localidade, que já alberga alguns moradores saídos de zonas sinistradas, prepara-se para a abertura da primeira fase do processo de venda dirigida, que tem como alvo funcionários públicos, empresas e outros grupos previstos nas vendas dos projectos habitacionais do Estado.

"Estamos a trabalhar para que comecemos com a primeira fase do processo de venda dirigida. Não será para já a venda aberta ao público, devido às limitações que a centralidade tem. A venda livre está prevista noutras fases", disse fonte do Governo.

Luanda, onde a procura é maior, não entra nestas contas, porque os imóveis vazios na centralidade do Zango Zero ou Urbanização Vida Pacífica já estão atribuídos. "O problema do Zango Zero e da Vida Pacífica é a conclusão de infraestruturas, por um lado, e por outro a recuperação de apartamentos vandalizados. Mas não há disponibilidade para novas vendas", explicou a fonte.

Situação semelhante é vivida nas centralidades do Cazenga (Kalawenda e Marconi), mas aqui as habitações ainda desocupadas fazem parte do programa de reconversão urbana e não entram no processo de comercialização. Ou seja, são para a atender populações saídas de determinadas zonas abrangidas pelo processo de reconversão.

Olhando para a apreciação do Programa Habitacional do Estado feita pelo Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território (MINOPOT), a que o Expansão teve acesso, a capital do País deverá ter imóveis disponíveis para venda apenas daqui a três anos, ou seja, em 2025, depois da conclusão das habitações recuperadas pelo Serviço Nacional de Recuperação de Activos na centralidade KK500.

Trata-se de 3.457 habitações entre vivendas e apartamentos na tipologia T3 que se encontram em diferentes níveis de construção e a previsão de conclusão aponta para o final de 2024, caso não haja contratempos, já que a continuidade das obras depende de parcerias público privadas, à semelhança do que irá acontecer com a reabilitação dos edifícios recuperados na urbanização Vida Pacífica. Só que aqui o concurso público já está concluído e está a ser vistoriado pelo Tribunal de Contas

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