Pesquisa quer perceber o que mudou no trabalho no período pós-pandemia
O estudo "irá debruçar-se exclusivamente sobre o mercado angolano" e "visa ajudar as empresas a tomarem as melhores decisões", após a pandemia da Covid-19, sublinha José Carlos Lourenço, associate partner da consultora Kept People.
Arranca esta quarta-feira, em Angola, o estudo que vai revelar o comportamento humano, no contexto profissional, resultante da pandemia da Covid-19. A pesquisa é da iniciativa da Kept People, empresa especializada em consultoria na área de capital humano, e visa perceber as expectativas dos trabalhadores e de diferentes empresas sobre as alterações que tiveram de fazer, no contexto pós-pandemia.
Neste estudo, a consultora pretende ouvir empresas das 18 províncias do país e os seus trabalhadores, para perceber de que forma é que estão ou não a adaptar-se às transformações impulsionadas pela pandemia, nomeadamente o tele-trabalho. A pesquisa vai cingir-se a entender trabalho presencial vs teletrabalho, utilização de ferramentas informáticas vs trabalho mais tradicional, e se as empresas estão a prestar o acompanhamento necessário aos seus colaboradores para a transformação digital ou se há necessidade de reforçar este tipo de acompanhamento.
"Este estudo que irá debruçar-se exclusivamente sobre o mercado angolano intitula-se "Trabalho no Pós-Pandemia: pistas de acção para um futuro melhor", visa ajudar as empresas a tomarem as melhores decisões, ao nível das melhores práticas no contexto pós-pandemia", sublinha José Carlos Lourenço, associate partner da consultora Kept People.
Com este estudo, Angola torna-se pioneiro ao ser um dos primeiros países do continente africano a produzir conhecimento técnico e cientificamente suportado para agir sobre as consequências das alterações a que as organizações foram forçadas, com a pandemia da Covid-19.
Para participar, as empresas devem contactar a consultora, através do seu correio eletrónico www.keptpeople.com ou do Linkedin.
A consultora espera que o relatório com as conclusões do estudo fique disponível na 2ª quinzena de Junho, avançando que o primeiro exemplar será simbolicamente entregue ao Ministério do Trabalho e Segurança Social como gesto de partilha deste conhecimento com a sociedade angolana. Logo a seguir, o relatório ficará disponível para acesso de todos os responsáveis de Recursos Humanos que o solicitarem.
A consultora apela aos directores de todas as empresas no país para que informem os colaboradores da iniciativa e que apelem à participação no estudo. "Falem connosco, queremos trabalhar juntos e tirarmos o melhor partido do conhecimento que irá ser gerado", desafia José Carlos Lourenço.
O estudo tem um custo estimado entre os 5 milhões Kz e os 10 milhões e conta com o apoio de empresas, como a Angonabeiro, Cimangola, Embalvidro, Unitel, Standard Bank e a Refriango.
"O apoio à participação neste projecto assentou na ideia de que "estudar o comportamento humano no contexto profissional pós-pandemia é fundamental para que as empresas percebam os novos desafios que vão ter de enfrentar na gestão dos seus talentos, e será fundamental perceber o que mudou e o que os colaboradores passaram a considerar mais relevante na sua relação com a entidade empregadora, mas também ao nível das relações humanas e do relacionamento entre pares", sublinha José Carlos Beato, representante da Angonabeiro.
Já a Unitel, segundo a sua representante Maria João Escrevente, decidiu participar no estudo por acreditar que irá permitir "medir o impacto da pandemia no mercado de trabalho angolano e perspectivar oportunidades, como novos modelos de trabalho e formas de alavancar a produtividade e o work-life balance".