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Angola

Sem petróleo, défice seria seis vezes maior

Especial OGE 2014

Excluindo as receitas petrolíferas, o OGE 2014 registaria um buraco de 3,9 biliões Kz equivalente a 46,6% do PIB não petrolífero, em vez do défice de 3,9% do PIB ou 630,3 mil milhões Kz previsto na proposta que inclui o petróleo. Sinais da petrodependência crónica do Estado.

 

Num orçamento fortemente dependente das receitas do petróleo como é o angolano, um exercício inevitável é imaginar as contas públicas sem petróleo.

Um exercício que passa por subtrair às receitas sem activos financeiros, de 4.744,8 mil milhões, as receitas petrolíferas, de 3.313,1 mil milhões. O mesmo deveria ser feito relativamente às despesas, isto é, deveria retirar- se das despesas totais as despesas relacionadas com o petróleo, como seria o caso, por exemplo, do valor que o Estado paga à Sonangol a título de comissão de gestão dos contratos com as petrolíferas. Como a informação sobre o OGE a que o Expansão teve acesso não distingue despesas petrolíferas e não petrolíferas, esses cálculos não são possíveis.

Descontando os valores das receitas petrolíferas, chegamos ao OGE 2014 sem petróleo que compreende receitas de 1.431,7 mil milhões Kz e despesas de 5.375,1 mil milhões Kz, iguais às do OGE sem petróleo por não ser possível subtrair as despesas petrolíferas por falta de informação.

Feitas as contas, o OGE sem petróleo do próximo ano apresenta um défice de 3.943,4 mil milhões Kz, um aumento de 525,7 mil milhões Kz face aos 3.417,7 mil milhões Kz previstos para 2013.

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