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Angola

Aposta nos microsseguros e microfinanças para apoiar a diversificação económica

PENETRAÇÃO DOS SEGUROS CONTINUA A SER MUITO BAIXA

As seguradoras e os fundos de pensões têm uma participação muito residual no mercado de capitais, valendo apenas 5%. A necessidade de aumentar a taxa de penetração dos seguros num mercado que é essencialmente informal, obriga a uma abordagem mais efectiva junto dos pequenos empreendedores e dos cidadãos com pouco conhecimento financeiro. As seguradoras estão a iniciar essa caminhada

Uma vez que a diversificação económica continua a ser um desafio para o País, e sendo sector segurador parte integrante do sistema financeiro, os operadores deram vários contributos de como os seguros podem apoiar esta diversificação e, entre os desafios, defenderam a implementação do microsseguro. Chegar aos pequenos empreendedores e a uma faixa de população com menos condições financeiras para subscrever uma apólice, é um enorme desafio para as seguradoras.

Hoje já existem empresas que o fazem na prática, embora com outra designação, lembrando que a norma regulamentar dos microsseguros está neste momento a ser finalizada pela ARSEG, devendo a curto prazo ser publicada para a efectivação deste produto no mercado nacional.

Armando Mota, CEO da Sanlam Seguros, sublinhou que não há país que se faça sem os pequenos empreendedores, porque muitos transformam-se em empresas sólidas, gerando renda e capacidade de consumo, e por isso, é preciso apostar nas pessoas que querem fazer o seu negócio, e é aqui que as seguradoras, acompanhadas do sector financeiro, podem ter um papel tremendo, criando produtos na área dos microsseguros, microfinanças e micropoupança.

"É essencial que criemos estes produtos. Não temos que inventar nada, porque os países vizinhos desenvolveram-se assim. As seguradoras devem avançar rapidamente com microsseguros e a mutualidade na agricultura. Temos que procurar fazer isso hoje, temos que nos organizar a pensar no mutualismo, não sermos tão egoístas, porque sozinhos não vamos conseguir fazer nada. Avançar na área das microfinanças é muito importante para trazer pessoas do lado informal da economia para o lado formal", defendeu.

Leia o artigo integral na edição 801 do Expansão, de sexta-feira, dia 08 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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