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Angola

Ataques informáticos em Angola aumentaram 58% no ano passado

CIBERSEGURANÇA PROCURA SOLUÇÕES

Os números são avançados pela Check Point Research, que refere que o sector financeiro/bancário é o mais afectado. Em média, uma organização angolana sofreu 2.586 ataques por semana em 2021, diz o relatório publicado esta semana. Mas a tendência é mundial e alguns dizem que estamos perante uma "ciberpandemia".

Os ataques informáticos aumentaram em Angola cerca de 58% em 2021 face ao ano anterior, passando de uma média semanal de ciberataques por organização de 1.637 para 2.586. "Os dados que temos de momento indicam que, em média, uma organização em Angola é atacada 2.586 vezes por semana", confirma Marla Mendes, responsável da Check Point para Angola.

E acrescenta: "Os dados que temos vindo a recolher a nível global e nacional indicam-nos que em Angola um dos sectores mais afectados é o financeiro/bancário, com uma média semanal de 1.620 ataques por organização. A nível global, em todo o mundo, é a Educação o sector mais visado, com uma média que atinge os 1.605 ataques semanais por instituição do sector".

Para o mercado angolano, "os ataques são de diversa ordem. O ransomware é uma tendência de ataque em crescimento e é habitualmente precedido por outros golpes cibernéticos, como o phishing (captura de dados pessoais ou corporativos via e-mail) ou o smishing (captura de dados pessoais ou corporativos via SMS), que permitem aos atacantes captar informação sobre as redes e utilizadores ao longo do tempo", explica Marla Mendes.

Muitas vezes estes ataques são apenas a exploração das condições de segurança dos sistemas, testando as debilidades, para preparar um ataque maior à organização. "O tipo de ataques que referi servem de teste e servem para definir melhor quais os vectores de ataque mais eficazes, os melhores timings para o fazer e o tipo de ataque a efectuar: se um mero ataque de ransomware, se um ataque de dupla ou tripla extorsão, ou mesmo um ataque paralelo, onde se usa uma empresa como meio intermediário para obter a informação necessária para atacar o alvo final, isto é, uma outra organização", esclarece, acrescentando que "em média, 4,2% dos ataques a organizações angolanas são de ransomware."

(Leia o artigo integral na edição 657 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)