China disponível para cooperar na defesa em Angola
O ministro de Defesa Nacional, João Gonçalves Lourenço, que visita a República Popular da China, a convite do seu homólogo Chinês Chang Wanquan, cumpriu esta terça-feira mais uma jornada de trabalho, no quadro do reforço da cooperação estratégica e de intercâmbio entre a República Popular da China e Angola, no domínio da Defesa.
A jornada de trabalho teve início na Universidade de Defesa Nacional, conhecida mundialmente por desenvolver nos últimos tempos o computador mais rápido do mundo.
João Lourenço e a delegação que o acompanha inteirou-se do funcionamento daquela instuição de ensino militar superior, criada há mais de 80 anos e que forma anualmente mais de dois mil e 500 especialistas em diversas especialidades castrense, entre chineses e estrangeiros.
O centro, que já formou vários líderes mundiais, entre os quais o Presidente do Congo Democratico, Joseph Kabila, está disponivel a establecer parceria com academias militares angolanas para a formaçao de oficiais superiores, em sectores como estratégia e alta administração de comando do exército.
Estudo e pesquisa, segurança nacional e treinamento de responsáveis dos mais diversos níveis e intercâmbio de informação constam também das especialidades em que a escola se mostra pronta a cooperar.
João Lourenço e comitiva, que visitam desde esta segunda-feira o "gigante asiático", na sequência da visita do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em Junho último, deslocou-se ainda a empresas conhecidas mundialmente pela produção e exportação de altas tecnologias no domínio da defesa.
Ali conheceu as capacidades destas empresas com as quais Angola poderá futuramente cooperar em vários dominios da defesa.
O roteiro da delegação angolana terminou em Beijing, esta terça-feira, na cidade proibida, um palácio imperial da China, que albergou durante cinco séculos os imperadores e o pessoal doméstico desde meados da Dinastia Ming até ao fim da Dinastia Qing e que acolhe actualmente o palácio museu e o centro cerimonial e político do governo chines.
A visita de seis dias do titular de Defesa Nacional à China prossegue esta quarta-feira, nas províncias de Chengdu e Shanghai, onde deverá continuar a establecer contactos no quadro da cooperação entre Angola e a China.
Integram a delegação do ministro o secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infra-estruturas do Ministério de Defesa, Salviano Cerqueira, o Director Nacional das Relações Internacionais do Ministério de Defesa, José de Sousa, o Chefe da Direcção principal de Armamento e técnica, Afonso Neto, o Presidente do Conselho de administraçao da Simprotex, Luís Pizarro, e o Adido Militar na China, Barbosa Epalanga, entre outros oficiais e quadros do Ministério da Defesa Nacional.
As trocas comerciais entre o gigante asiático e Angola, o segundo parceiro chinês nos países da CPLP, foram de 10,42 biliões de dólares até Junho deste ano, uma queda de 45,24%.
A China vendeu a Angola produtos avaliados em 2,14 biliões de dólares, um aumento de 2,77%.
Po outro lado, comprou 8,28 biliões de dólares em mercadorias, ou seja, menos da metade se comparado ao mesmo período do ano passado (-51,16%).
Angop/Expansão