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Angola

Guiné e Angola lideram informalidade da actividade económica na CPLP

Portugal e Cabo Verde têm menos empregos informais

Com uma população estimada em 1,9 milhões e uma economia extremamente dependente do processo de comercialização e exportação da castanha de caju, que representa mais de 90% das exportações do país, a Guine Bissau é o país da CPLP com um índice mais elevado de pessoas que trabalham no sector informal, com quase 90,0% da sua população activa, de acordo com as autoridades guineenses.

Depois da Guiné surgem Angola com 80,6% de informalidade, segundo o último relatório ao emprego do Instituto Nacional de Estatística, e Timor-Leste com 71,0% de pessoas com trabalhos informais, como revela o Plano de Recuperação Económica elaborado em Agosto de 2020 pelas autoridades timorenses.

São Tomé e Príncipe é o próximo da lista com mais de 50% de trabalhadores com actividades não registadas, segundo o relatório relativo ao impacto da Covid-19 sobre o sector informal, realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas daquele país.

O Brasil , o único país do continente americano que faz parte da comunidade, tem o peso percentual da economia informal avaliada em 41,6% do PIB equivalente a 39,3 milhões de pessoas. A seguir surge Moçambique, com 40% da população a sobreviver à conta de "biscates".

Cabo Verde aparece com a segunda menor taxa de informalidade, com 12,5%. Já Portugal, o último registo que se tem sobre a informalidade é referente ao ano de 2018 em que o mercado informal tinha um peso de 12,10%, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho.

Já sobre a Guiné Equatorial não existem dados publicados.

Para economista Juliana Evangelista Ferraz, o registo de elevadas taxas de economia informal em países como Angola, Timor-Leste e Guiné-Bissau, significa que não são economias suficientemente abertas, que permitem verdadeiramente o livre fluxo de entrada e saídas de bens e serviços, daí a fraca capacidade em gerar um nível de eficiência económica que permita melhorar a combinação dos factores de produção. Por esta razão, a informalidade surge como forma de garantir a subsistência de um grupo muito significativo da população, que vê o mercado informal como a única forma de obtenção de renda e subsistência.

(Leia o artigo integral na edição 634 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)