A informação foi prestada pelo governador do BNA, José Pedro de Morais, no final da 8ª sessão ordinária conjunta da Comissão Económica e da Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros.

"O nosso mercado tem muitas casas de câmbios que têm comprado divisas através das vendas directas que o BNA faz aos bancos comerciais", disse o governador do banco central.

A medida visa, entre outros factores, conceder maior transparência à venda de divisas para as casas de câmbios, estabelecimentos que oferecem a troca de uma moeda por outra.

Segundo José Pedro de Morais, sempre que o banco central tem que tomar decisões discricionárias é questionada sobre os critérios, por este motivo "decidimos fazer essas vendas através de leilões competitivos".

Realçou que as divisas vendidas nesses leilões serão a preços muito próximos aos do mercado.

Para o governador do BNA, é uma oportunidade para as casas de câmbio voltarem ao funcionamento regular.

Disse tratar-se de um processo, cujo circuito das operações cambiais vai ter a monitorização do BNA, o que não acontecia antes.

A medida é parte do processo de fragmentação de vendas de divisas a implementar pelo BNA no qual estão incluídos outros dois leilões.

O primeiro dos quais, de carácter regular, será um leilão onde será canalizada as prioridades que já foram definidas pelo Executivo (abastecimento, alimentar, medicamentos, matérias primas, bem como peças e acessórios).

Definimos, prosseguiu, um segundo leilão de carácter esporádico para atender as necessidades que não serão absolvidas no leilão regular.

Os dois leilões concorrem para a definição da taxa de câmbio no mercado primário.

Angop/Expansão