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Angola

Zâmbia vai empenhar-se mais na construção do oleoduto a partir do Porto do Lobito

Uma infra-estrutura de mais de cinco mil milhões de dólares

O ministro zambiano da Energia deu conta ao embaixador de Angola na Zâmbia que o seu governo quer trabalhar "intensamente" para a construção de um oleoduto para fornecimento de combustível líquido e gás, produtos que importa actualmente dos países asiáticos

No encontro em Lusaca entre o embaixador de Angola e o ministro da Energia da Zâmbia, o ministro zambiano definiu como uma "absoluta prioridade" do seu governo o estabelecimento de um acordo para a construção de um oleoduto que ligue Angola à Zâmbia para o fornecimento de combustível líquido e gás a um país que faz, actualmente, a importação desses produtos dos países asiáticos, nomeadamente, da Arábia Saudita.

O responsável do governo zambiana acrescentou que o seu governo está disposto a trabalhar "intensamente" para que essa ideia seja uma realidade.

Chibwe Capala, o ministro, solicitou a Azevedo Francisco, o embaixador, que ainda esta semana voltem a sentar-se, e já na presença de operadores privados seleccionados pelo seu Governo, para debater o projecto, de acordo com a notícia do Jornal de Angola.

A construção de um canal subterrâneo que transporte combustível líquido e gás, de Angola para a Zâmbia, no curto prazo, é uma aposta do país vizinho. No entanto, comentadores locais referem-se à necessidade de uma maior partilha de informação à volta do projecto, para que outros players intervenham no processo e surja um melhor acompanhamento público, escreve ainda o diário angolano.

O projecto mantém-se ainda nos primeiros esboços e do pouco que se sabe é possível adiantar que o ponto de partida do oleoduto está em Angola, no Porto do Lobito, e que pode custar cerca de cinco mil milhões de dólares, no que é tido como um valor muito modesto para a amplitude desta infra-estrutura.

Chibwe Capala lembrou que a Zâmbia compra os derivados de petróleo, como combustíveis e gás, em mercados asiáticos, nomeadamente o da Arábia Saudita.
"O primeiro impacto do oleoduto será a redução dos custos destes produtos no mercado zambiano e isso interessa a todos nós", referiu o ministro da Energia da Zâmbia.

Angola e Zâmbia projectam ter, igualmente, interligações das redes eléctricas das regiões Leste e Oeste de Angola e Zâmbia. O negócio envolve o fornecimento de energia eléctrica da Zâmbia a Angola, numa altura em país está a produzir energia além da capacidade de consumo.

A Smart Energy, uma empresa de direito zambiano que opera com capital e tecnologia alemã, lidera o projecto que visa electrificar vastas regiões do Leste de Angola.