Família russa implicada em suborno e venda de armas à Guiné Equatorial
Ministério público tem 10 dias para decidir se avança com acusação ou arquiva processo. Caso deixa de fora dirigentes subornados, familiares de Obiang.
O Tribunal de Instrução de Las Palmas, nas Canárias, Espanha, concluiu que o ministério público tem "provas suficientes" para deduzir acusação contra o empresário russo Vladimir Kokorev, a sua esposa, Julia Maleeva, e o filho de ambos, Igor Kokorev, por negócios de venda ilícita de armas à Guiné Equatorial, entre 1999 e 2011, no valor global de 450 milhões de euros, e que lesaram os cofres do Estado em mais de 100 milhões de euros.
A decisão da juíza Ana Isabel de Vega Serrano deixa o ministério público com 10 dias para avançar com acusação ou arquivar o caso, que tem por base uma queixa da Associação dos Direitos Humanos de Espanha (Apadhe) contra altos funcionários do governo da Guiné Equatorial por branqueamento de 26,4 milhões de euros e que ramificou em vários processos que correm na justiça espanhola.
As operações de venda de armas, segundo a agência espanhola EFE, consistiam na compra e venda de "armamento e material militar", através de empresas de fachada baseadas em paraísos fiscais, em que uma parte importante do negócio consistia em inflacionar as facturas", em 30% e 40%, com a cumplicidade de altos funcionários do governo de Teodoro Obiang Nguema.
(Leia o artigo integral na edição 626 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Maio de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)