BNA decide hoje curso da política monetária
Na última reunião realizada em Novembro do ano passado, o banco central decidiu não mexer nas taxas de juros, mantendo assim inalterado o curso da política monetária, com o governador a alertar que, apesar da trajectória dos preços estar descendente, o seu nível mantém-se ainda elevado.
O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA), órgão responsável pela formulação da política monetária e cambial, deve decidir, hoje, o curso da política monetária.
Na última reunião realizada em Novembro do ano passado, o banco central decidiu não mexer nas taxas de juros, mantendo assim inalterado o curso da política monetária, com o governador a alertar que, apesar da trajectória dos preços estar descendente, o seu nível mantém-se ainda elevado. Assim, o BNA decidiu manter a taxa BNA em 19,5%, bem como manter a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez em 20,5% (taxa que o banco central cobra aos bancos para lhes emprestar dinheiro) e a taxa de juro de facilidade permanente de absorção de liquidez em 18,5% (taxa que os bancos recebem para depositar fundos no banco central).
Foi a terceira vez consecutiva que o CPM optou por manter as taxas de juro, ainda assim, era a decisão esperada pelos especialistas, já que a inflação continua demasiado elevada e, sem uma descida acentuada, é quase obrigatório que as taxas de juro se mantenham altas.
Naquela que foi a 120ª reunião Ordinária do Comité de Política Monetária, que decorreu no Cuanza-Norte, Manuel Tiago Dias avançou com a revisão em alta a taxa de inflação para 2024 de 24,3% para 27,0%, num exercício de revisão que já é habitual no banco central.
Entretanto, de acordo com INE, a taxa de inflação homóloga fixou-se em 27,5%, a taxa de inflação homóloga a fixar-se em 27,5% em Dezembro face aos 20,0% registados em 2023 (um acréscimo de 7,49 pontos percentuais), furando assim as metas do BNA e do Governo, tratando-se da taxa mais alta dos últimos oito anos.