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Economia

Petróleo abaixo de 60 USD em Londres

SEMANA DE 10 A 17 DE DEZEMBRO

O petróleo caiu quase 3%, reflectindo receios de excesso de oferta e os progressos nas negociações de paz na Ucrânia. Nas bolsas, o comportamento foi misto, enquanto o Dólar recuou devido ao enfraquecimento do mercado laboral dos EUA.

O recuo dos preços do petróleo intensificou-se na última semana, registando uma queda próxima de 3% para valores abaixo dos 60 dólares por barril no mercado de Londres, em consequência da reacção dos investidores aos avanços nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, apoiadas pelos EUA, pela NATO e pela Europa.

Na quarta-feira, o Brent, referência para Angola, cotava a 59,6 dólares por barril, enquanto o WTI, em Nova Iorque, rondava os 56,5 dólares por barril.

Além disso, os preços foram pressionados pelos receios de excesso de oferta, após a Agência Internacional de Energia indicar que a oferta global de petróleo deverá superar a procura em cerca de 4 milhões de barris por dia no próximo ano, um volume equivalente a quase 4% da procura mundial.

Entretanto, as perdas eram atenuadas, por um lado, pelo aumento das tensões entre os EUA e a Venezuela, depois da Administração norte-americana ter ordenado o bloqueio total dos petroleiros sancionados. Por outro lado, os preços beneficiaram da queda nos stocks de petróleo dos EUA, em 9,3 milhões de barris na semana passada, conforme a divulgação do Instituto Americano de Petróleo (API).

Adicionalmente, os traders de petróleo bruto na Ásia concordam que a descida abaixo dos 60 dólares por barril seria seguida de uma rápida recuperação, devido ao aumento da procura de contratos futuros de petróleo. Nas bolsas, o Euro Stoxx 600, referência da região, avançou 0,60%, beneficiando do regresso do apetite pelo risco, numa altura em que os investidores antecipavam a manutenção das taxas de juro pelo BCE, na reunião do dia 18 de Dezembro.

Em particular, no Reino Unido, a bolsa valorizou após a inflação ter desacelerado mais do que o esperado, atingindo o nível mais baixo em oito meses. Por seu lado, nos EUA, o índice de referência, o S&P 500, cedeu 0,40%, devido aos receios em torno da inteligência artificial e às avaliações das empresas de tecnologia, que provocaram um sell-off generalizado.

Por fim, o Índice Bloomberg Dollar Spot, que mede o desempenho da divisa norte-americana, desvalorizou ligeiros 0,68% na última semana; consequentemente, o par Euro/Dólar valorizou 0,75% face à semana anterior, para 1,17 dólares, numa altura em que foram divulgados dados do mercado laboral, que indicam que a criação de emprego continua lenta e a taxa de desemprego acelerou para 4,6% em Novembro, o nível mais alto desde 2021.

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