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Economia

Malparado cresce 516 milhões USD para quase 2.000 milhões USD até Setembro

POR CADA 1.000 KZ DE CRÉDITO BANCÁRIO, 196 KZ É MALPARADO

É a consequência da subida das taxas de juro no interbancário verificadas durante os primeiros meses de 2024, depois de o Banco Nacional de Angola (BNA) ter suspendido os empréstimos de liquidez aos bancos. Inflação e depreciação também pressionaram o crédito em incumprimento nos primeiros nove meses de 2024.

O malparado da banca comercial cresceu 4,5 pontos percentuais para 19,6% em Setembro de 2024 face a Dezembro de 2023, o que significa que dos 9,4 biliões Kz que valia o crédito bruto da banca no final do terceiro trimestre, 1,8 biliões Kz (equivalentes a 1.948,1 milhões USD) estavam em incumprimento, de acordo com cálculos do Expansão com base nos Indicadores de Solidez Financeira do Sector Bancário do Banco Nacional de Angola (BNA).

Contas feitas, entre Dezembro de 2023 e Setembro de 2024, o malparado da banca aumentou 516 milhões USD. Seria necessário recuar até Novembro de 2022 (quando a banca comercial registou um rácio de crédito vencido malparado sobre o crédito total bruto de 22,9%) para encontrar um nível mais alto do que o registado em Setembro do ano passado.

Este aumento é, em parte, consequência da subida das taxas de juro, depois de o banco central aumentar, por duas vezes, a taxa BNA e as facilidades permanentes de cedência e absorção de liquidez em Março e em Maio, e de ter suspendido empréstimo de dinheiro à banca. Como os bancos que ficaram sem liquidez foram obrigados a recorrer ao interbancário para se financiar as taxas Luibor dispararam desde Dezembro de 2023, com a Overnight a passar de 4,00% até bater o record de 32,6% no início de Setembro do ano passado.

Normalmente, quando alguém vai a uma instituição bancária pedir crédito, o banco cobra-lhe uma taxa Luibor mais uma margem que depende do risco desse cliente. Em Dezembro de 2023 a Luibor estava em 4% e desde o início de 2024 que foi escalando, o que significa prestações subir exponencialmente, agravando as dificuldades das famílias e das empresas em cumprir as suas obrigações, dando margem para o aumento do malparado.

Por outro lado, está também a depreciação do kwanza..

Leia o artigo integral na edição 813 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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