A Delegação Aduaneira de Massabi, em Cabinda, tem uma arrecadação média de 150 milhões de Kz por mês, com a tributação de mercadorias importadas e exportadas do posto fronteiriço entre Angola e o Congo Brazzaville. O gestor do posto, Gervásio Barros, disse que do Congo para Angola entram materiais para a exploração petrolífera e de construção civil, bens alimentares e vestuário, enquanto no sentido inverso são exportados materiais descartáveis como fraldas, papel higiénico, guardanapos, refrigerantes, electrodomésticos, cerveja e produtos agrícolas.

Em relação aos produtos do campo, Gervásio Barros destacou a banana como o mais exportado, com uma média diária de 20 toneladas , o que dá uma cifra de arrecadação mensal de 750 mil Kz para os cofres do Estado.

A fronteira de Massabi esteve quase dois anos encerrada, como medida de segurança contra a pandemia da Covid-19, o que fez baixar consideravelmente a arrecadação de receitas. Com a reabertura, em Abril, o movimento mercantil começa a recuperar, embora de forma tímida, com uma dinâmica notória da actividade dos pequenos comerciantes que vão a Ponta Negra em busca de negócios, bem como dos operadores económicos que começam a posicionar-se de forma acutilante na importação de bens necessários e indispensáveis à vida e bem-estar das populações.

O actual movimento mercantil, de acordo com Gervásio Barros, começa a satisfazer as necessidades do mercado de forma mais significativa que no período em que a fronteira esteve encerrada. O aumento das receitas na fronteira de Massabi, segundo Gervásio Barros, ainda não satisfaz as previsões da AGT, porque "a receita tem estado a aumentar abaixo do desejável", mas de uma forma substancial, sob a influência da recepção do material da Refinaria de Cabinda, que está a ser instalada na planície do Malembo, o que tem contribuído para a arrecadação de receitas naquela janela tributária.