O petróleo sobe ligeiramente com o arrefecimento dos receios de excesso de oferta
O barril de petróleo está a recuperar ligeiramente esta quinta-feira, com o alívio das preocupações com o excesso de oferta, após fecharem em mínimos de duas semanas na sessão anterior devido à procura mais fraca. Isto acontece numa altura em que os investidores digerem o maior aumento de stocks de crude nos Estados Unidos da América desde Julho, bem como o corte nos preços por parte do maior produtor da matéria-prima na Arábia Saudita.
Perto das 09h00 de Luanda, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, subia 0,45%, mantendo-se abaixo da marca dos 60 USD por barril, encontrando-se a negociar nos 59,88 USD. Já o Brent, referência para as exportações angolanas, somava 0,38% para 63,76 USD por barril, valor muito abaixo dos 70 USD, preço de referência definido pelo Governo angolano no Orçamento Geral de Estado (OGE) 2025.
Com baixa de preço e queda da produção petrolífera, Angola vê as suas receitas fiscais petrolíferas pressionadas. Entretanto, para 2026, Executivo já projecta um preço médio do brent na ordem dos 61,0 USD.
Segundo a imprensa internacional, os inventários de petróleo bruto nos EUA aumentaram em 6,5 milhões de barris na semana passada, o maior aumento desde julho deste ano. No entanto, os "stocks" de combustível acabaram por diminuir em 5,65 milhões no caso da gasolina, atingindo mínimos de cinco anos, e em 2,46 milhões de barris no caso dos destilados.
Desde o arranque do ano, o Brent já caiu cerca de 15%, pressionado pela reversão dos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e por perspetivas de um excedente para 2026. No entanto, as sanções norte-americanas às petrolíferas russas, bem como os ataques da Ucrânia às instalações energéticas do país vizinho, acabaram por reduzir o tamanho das perdas.










