"O mercado segurador tem espaço para crescer, mas não a qualquer custo"
Armando Mota enalteceu as alterações que se têm verificado nos últimos anos no sector, sobretudo ao nível do papel do regulador, a ARSEG. "O papel do regulador é fundamental. Há uma diferença abismal entre o que era o regulador há 15 anos e o de hoje, que tem mais conhecimento, que nos ouve e procura o bem do mercado", disse.
O mercado segurador angolano tem espaço para crescer, mas não a qualquer custo, defendeu hoje o administrador da Associação de Seguradoras de Angola (ASAN), Armando Mota, considerando que sem técnicas adequadas e sem disciplina esse crescimento é apenas um adiar de problemas.
"Temos que crescer, mas temos de crescer bem. O mercado tem espaço para crescer mas não a qualquer custo. Sem técnicas adequadas, sem disciplina, é adiar problemas", afirmou o responsável durante a sessão de encerramento do período da manhã do X Fórum Seguros do Expansão, que decorre no Hotel InterContinental, em Luanda.
Armando Mota enalteceu as alterações que se têm verificado nos últimos anos no sector, sobretudo ao nível do papel do regulador, a ARSEG. "O papel do regulador é fundamental. Há uma diferença abismal entre o que era o regulador há 15 anos e o de hoje, que tem mais conhecimento, que nos ouve e procura o bem do mercado. É um trabalho que leva o seu tempo mas que leva a construir um mercado sólido e sustentável", defendeu.
O responsável abordou alguns dos temas que foram debatidos esta manhã durante o Fórum, que tem o tema "O impacto da resseguradora nacional no mercado dos seguros", tendo enaltecido a questão da ética que foi apresentada pela managing partner da EY, Ana Salcedas. "A ética é o maior activo de qualquer mercado. A ética não é uma obrigação moral, é estratégia de crescimento. A tentação de concorrência desleal pode parecer uma vantagem mas é o caminho efémero, e mais rápido para perder credibilidade", sustentou
Quanto à resseguradora nacional, que Armando Mota diz ser ainda um "bebé", que tem de aprender ainda a gatinhar e mais tarde a correr, destacou que se trata de um projecto "100% privado", que reflete a maturidade do sector. "Mas por ser privada, o nível de exigência é maior, o nível de escrutínio tem de ser maior. Para ser útil a Angolam esta resseguradora tem de apostar em alguns eixos como ser tecnicamente sólida, ser transparente e previsível, com regras claras, iguais para todos. E complementar, não podemos pensar que a resseguradora nacional, assim que criada, e ainda é um bebe que acabou de nascer, vai demorar tempo a gatinhar e a correr, não se pode pensar que vai resolver os problemas todos no imediato. Vamos continuar a ter o mercado internacional de resseguros", sublinhou.
 
                










