Desconstruindo debate alargamento da venda de seguros pela banca
O Desconstruindo arrancou com a "Voz do Cidadão", que neste Fórum coube ao economista e professor universitário Miguel Cardoso, que debateu o tema "Devem todos os seguros também ser comercializados pelos bancos comerciais?".
O alargamento da venda de seguros na banca, que hoje está limitada a produtos complementares à sua actividade, poderá contribuir para o alargamento da taxa de penetração que ronda, actualmente, os 0,6% do PIB, admitem especialistas durante o Desconstruindo do Expansão, que esta tarde decorre no Hotel InterContinental, em Luanda, no âmbito do X Fórum de Seguros do Expansão.
O Desconstruindo arrancou com a "Voz do Cidadão", que neste Fórum coube ao economista e professor universitário Miguel Cardoso, que debateu o tema "Devem todos os seguros também ser comercializados pelos bancos comerciais?". O economista mostrou-se favorável, considerando que, ainda assim, essa comercialização deve ser limitada pelo órgão regulador, no caso, a ARSEG.
Seguiu-se um debate que juntou Pedro Peres, CCO da Sanlam Allianz Angola, Domingos Nicolau, presidente Associação dos Mediadores e Correctores de Seguros de Angola (AMSA) e Hélder Jorge, PCE da Giant Seguros.
Pedro Peres foi o primeiro a falar e afirmou ser a favor de que os bancos possam alargar os produtos que hoje vendem aos seus clientes. "Sim, devem vender todos os seguros, sem excepçao, mas é preciso compreender como e porquê. Hoje falamos muito da taxa de penetração, e se a queremos aumentar temos de utilizar todas as ferramentas e players, que conseguem chegar ao cliente, de uma forma rápida e eficaz. E quando digo todos os players, falo nos bancos, correctores, agentes, por ai afora, todos aqueles que podem massificar o seguro por todo o pais", adiantou o CCO da Sanlam Allianz Angola.
Já o presidente AMSA também admite que os bancos possam fazer essa comercialização, até para aumentar a taxa de penetração, até porque "há mercado para todos". "A nova lei determina acesso à actividade de mediação, em que os bancos actuam como mediadores. A lei coloca limites e se coloca estamos a dizer que os bancos não podem vender todos os seguros. Outro aspecto e se olharmos para o aumento da penetração de seguros, que é muito baixa e se queremos aumentar os bancos têm essa capilaridade, essa facilidade, de levar os seguros para determinadas áreas em que a mediação não consegue colocar. Então ai podemos dizer que faria todo o sentido os bancos venderem todos os seguros". Ainda assim, admite concordar com os limites que a legislação impõe, que apenas permite aos bancos venderem seguros de forma complementar à actividade que exercem, mas não discorda que se possa avançar para uma solução de maior abertura.
Quanto ao PCE da Giant Seguros, "os bancos podem e devem fazer esse serviço" e depois cabe às seguradoras mostrar aos clientes que são mais fortes na comercialização de seguros, já que é essa a sua área de especialização.
 
                










