A banca comercial disponibilizou apenas 77,3 mil milhões Kz em créditos à habitação ao abrigo do Aviso 9 do Banco Nacional de Angola (BNA), criado em 2022 para dinamizar a compra de casas. O próprio BNA e vários especialistas consideram que este montante é baixo e não representa as necessidades de quem ainda espera realizar o sonho da casa própria.

Este montante corresponde ao valor de crédito disponibilizado desde o início do Aviso, em Abril de 2022, até ao mês de Setembro deste ano, de acordo com informação do Banco Nacional de Angola, em resposta a questões do Expansão.

Quanto aos bancos que mais contribuíram para a concretização do sonho da casa própria, o banco central escusou-se a avançar os nomes, referindo apenas que "de acordo com os registos constantes na Central de Informação e Risco de Crédito, as instituições que mais concederam créditos ao abrigo do Aviso n.º 09/2022, foram 4 bancos sistémicos e 1 não sistémico, representando 63,97% do total do crédito concedido". Luanda foi a província que mais beneficiou de crédito habitação no âmbito deste Aviso, ficando com 67,74% dos 77,3 mil milhões de Kz disponibilizados pela banca comercial. Seguiram-se as províncias da Lunda Sul (10,63%), Huíla (6,87%) e Huambo (4,13%).

O Aviso 9 determina que os clientes bancários que pretendam adquirir casa própria até um valor máximo de 100 milhões Kz para casais e um máximo de 50 milhões Kz, se for a título individual, devem pagar no máximo uma taxa de juros de 7% até 31 de Maio de 2032. A partir daí a taxa de juros será a de referência do mercado interbancário para o prazo de 30 dias, podendo os bancos acrescer uma margem que não deve exceder 1%. Para o crédito à construção a situação é semelhante, a diferença está na taxa de juros paga até 2032, que é 10%. Este mecanismo que foi anunciado ainda antes das eleições gerais, previa inicialmente...

Leia o artigo integral na edição 804 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)