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Economia

CPM reúne hoje com "aperto" da política monetária na agenda

PRESSIONADO PELO AUMENTO DA TAXA DE INFLAÇÃO

É expectável que o banco central aperte a política monetária para não manter taxas negativas dentro do sistema financeiro nacional, já que a inflação continua a fugir àquilo que é a previsão do BNA para o ano de 2024. Até porque a missão do banco central é garantir a estabilidade de preços, de forma a assegurar a preservação do valor da moeda nacional, assim como a estabilidade do sistema financeiro.

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA), órgão responsável pela formulação da política monetária e cambial, deve decidir, esta sexta-feira, o curso da política monetária. Numa altura em que os preços continuam a subir.

Especialistas entendem que pelo facto de a taxa de inflação ter acelerado e situar-se muito acima das taxa de juros, é expectável que o banco central aperte a política monetária para não manter taxas negativas dentro do sistema financeiro nacional, já que a inflação continua a fugir àquilo que é a previsão do BNA para o ano de 2024. Até porque a missão do banco central é garantir a estabilidade de preços, de forma a assegurar a preservação do valor da moeda nacional, assim como a estabilidade do sistema financeiro. Em Junho, a taxa de inflação homóloga nacional situou-se em 31,0%, muito acima da taxa BNA (19,5%). Já em Luanda, o cenário ainda é pior, a capital regista a taxa mais alta dos últimos 20 anos (ver página 6).

Na última reunião, o Comité de Política Monetária decidiu subir a taxa de juro directora (taxa BNA) para 19,5% face os 19,0% anteriormente definidos. Igualmente decidiu aumentar a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez de 19,5% para 20,5%, bem como o coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional para 21%. Já a taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez mantéve-se em 18,5%.

No último encontro, o banco central também definiu como meta uma taxa de inflação de 23,4% para o final de 2024 face os 19% previstos anteriormente, acima dos 15,3% aguardada pelo Governo. Ainda assim abaixo das previsões mais recentes de instituições internacionais.

Na verdade, os preços não param de crescer e este persistente aumento dos preços reflecte a desvalorização do Kz e o impacto da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis, associada às dificuldades na disponibilidade de divisas, já que os bancos têm acesso a uma média mensal de 1.000 milhões USD, quando em 2022 a média era de 1,2 mil milhões.

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