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Economia

Crude cai mais de 3% na semana

SEMANA DE 19 A 24 DE JULHO

O crescimento da China abaixo do esperado reforçou o receio de menor procura por petróleo e a expectativa de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas, Conjugado com um USD mais forte, pressionaram o preço do barril de petróleo.

As duas principais cotações do petróleo recuaram mais de 3% nesta semana face à anterior, com o WTI nos Estados Unidos a recuar 3,63% para 77,84 dólares por barril, enquanto o Brent em Londres perdia 3,90% para 81,77 dólares

A queda foi influenciada pela crescente expectativa de um cessar-fogo bem sucedido no conflito entre Israel e o Hamas, que tem provocado disrupções na cadeia de transporte da commodity, e a procura limitada por parte da China, numa altura em que o País enfrenta uma desaceleração económica. Foi reportado, recentemente, que o crescimento do PIB chinês se fixou em 4,7%, abaixo dos 5% esperados pelo mercado, o que influenciou o banco central do País a flexibilizar a sua política monetária, visando impulsionar a actividade económica. O Banco cortou, esta semana, as taxas de juros de cedência de liquidez a um ano para 3,35% e a cinco anos para 3,85%.

Além disso, a valorização do dólar dos EUA face um conjunto de moedas pesou sobre os preços do crude, dado que um dólar mais forte torna o petróleo mais caro em outros países, o que pode reduzir a procura pela commodity. Nesta semana, o dólar apreciou, com incertezas no cenário político norte-americano devido à desistência do actual Presidente à indicação para concorrer às eleições de Novembro próximo. O índice DXY da Bloomberg, que mede o desempenho do USD subiu ligeiros 0,03% no acumulado da semana até quarta-feira, a rondar os 104,30 pontos, enquanto face ao Euro a moeda dos EUA perdeu 0,48% para 1,08 dólares.

Noutras commodities, os preços dos metais recuaram mais de 2% na semana, devido a forte queda da procura por parte da China e da Índia, que são fortes consumidoras destas matérias-primas. Já em relação a matérias-primas agrícolas, o açúcar caiu mais de 7%, devido à revisão em baixa da produção do Brasil em 300 mil toneladas métricas, enquanto o cacau ganhou mais de 5%, com o aumento de risco de escassez de sementes na África Ocidental. No mercado accionista, as negociações não apresentam uma tendência definida, em reflexo das incertezas políticas referentes à primeira redução dos juros da FED, que o mercado aponta agora, largamente, para o mês de Setembro. Nos EUA, os índices bolsistas recuaram mais de 1% na generalidade, e na Europa, registavam-se variações mistas, com quedas mais significativas em França e na Alemanha e subidas em Portugal e na Espanha. Por fim, realça-se que a falha informática registada na Microsoft na última sexta-feira e que, segundo a empresa, afectou cerca de 8 milhões de utilizadores em diversos sectores a nível mundial e teve um impacto limitado nas suas actividades bem como nas negociações em bolsa.

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