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Economia

Diamantíferas disparam produção para contornar baixa de preços

MAIS 3,3 MILHÕES DE QUILATES EM NOVE MESES

São várias as incertezas na indústria diamantífera angolana. Os preços baixos causados pela fraca procura por diamantes naturais e a inflação nos Estados Unidos estão a retrair o mercado dos diamantes naturais. Especialistas acreditam que 2025 pode ser o ano de viragem.

Os preços baixos dos diamantes nos mercados internacionais estão a forçar as empresas diamantíferas a dispararem a produção para garantir retorno dos seus investimentos. Nos primeiros nove meses deste ano foram produzidos 3,3 milhões de quilates a mais do que no período homólogo, o que permitiu que a receita bruta com as exportações tenha aumentado 29% para 1,2 milhões USD.

Entre Janeiro e Setembro deste ano foram produzidos 8,5 milhões de quilates, que representa um aumento de 62,5% face aos 5,2 milhões produzidos no mesmo período do ano passado. Mas se a produção aumentou, já o preço médio caminhou no sentido inverso, ao passar de 175,2 USD para 150 USD, uma queda de 14,2%.

Apesar de a produção estar a aumentar, assim como as exportações, o sector diz que há uma crise na comercialização de diamantes, apontando, precisamente, à queda do preço médio, já que obriga os produtores a aumentarem a produção para garantir o pagamento das suas operações. Para justificar a crise na comercialização de diamantes, especialistas indicam que o aumento da produção de diamantes sintéticos em diferentes geografias é a razão para a queda dos preços das pedras preciosas no mercado internacional.

Mas ao vender diamantes em maior quantidade e a preços mais baixos, os produtores acabam por inundar o mercado o que tem como consequência a manutenção dos preços em baixa, cumprindo-se, assim, as regras de mercado, em que quando a oferta é superior à procura, os preços baixam.

Só para se ter uma ideia do quanto a incerteza está a afectar o subsector dos diamantes, o presidente do conselho de administração da Endiama, Ganga Júnior, disse, recentemente, que o País tem em stock mais de 3 milhões de quilates de diamantes provenientes das minas angolanas em produção. Ou seja, está a retrair algumas vendas para não desbaratar os stocks.

Leia o artigo integral na edição 801 do Expansão, de sexta-feira, dia 08 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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