O FMI está mais pessimista que o Banco Mundial, que também apresentou a sua perspectiva de evolução da economia nacional, no relatório "Pulsar de África". E aponta para um crescimento de 3,2% este ano e 2,9% em 2025. Quanto à inflação, o Banco Mundial prevê uma redução de 27,7% este ano para 16,1% em 2025.

Tanto as previsões do FMI como do Banco Mundial estão acima das previsões do Banco Nacional de Angola que aponta para este ano um crescimento de 3,1%, com a inflação a ficar nos 23,4%. No ano passado a economia angolana cresceu 1% e a taxa de inflação ficou acima de 20%.

De acordo com o relatório divulgado no âmbito das reuniões de Outono do FMI e do Banco Mundial, o crescimento económico de Angola neste e no próximo ano ficará abaixo não só da média da África Subsariana, mas também do grupo de países exportadores de petróleo

Enquanto as economias da região vão crescer, em média, 3,6% e 4,2% neste e no próximo ano, os exportadores de petróleo deverão registar uma expansão de 2,7% e 3,2% em 2024 e 2025, acima de Angola, o segundo maior produtor da África Subsariana, numa lista de exportadores de petróleo onde estão também Nigéria, Gabão e Guiné Equatorial, entre outros.

Qualidade do investimento

O governo norte-americano está disponível a contribuir para a qualidade do investimento público angolano, por via da assistência técnica e avaliação de projectos, e na gestão de "passivos contingentes".

A posição foi manifestada pelo subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para Assuntos Internacionais, Jay Shambaugh, no encontro com a ministra das Finanças Vera Daves de Sousa, à margem das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial que decorrem esta semana em Washignton. O principal objectivo é dar maior qualidade aos investimentos do Governo e assegurar a sustentabilidade dos projectos estruturantes e prioritários do Executivo angolano.