Assim, até o final do ano passado, o stock de crédito a particulares (que pressupõe ao consumo) cresceu 43% desde final de 2022 e atingiu 1,3 biliões Kz, mais 397,5 mil milhões Kz. Já para o sector do comércio, o stock de crédito em Dezembro era de 1,2 biliões Kz, o que representa um crescimento de 24%. Entretanto, é importante recordar que, em Junho de 2023, o crédito a particulares superou o sector do comércio pela primeira vez desde 2014 e passou a liderar o ranking dos sectores com mais crédito bancário, e repensa 21% do total de crédito.

Contas feitas, em Dezembro, o crédito bruto da banca ao sector não financeiro 26% para 6,2 biliões Kz, o que representa um aumento de 1,0 biliões face ao mesmo período de 2022. No entanto, o crescimento do stock de crédito é justificado pelos efeitos da desvalorização cambial, já que o kwanza depreciou quase 40% entre Maio e Julho. Como uma parte dos empréstimos são em moeda estrangeira, quando são convertidos para kwanzas automaticamente faz subir contabilisticamente o valor desses créditos nos dados agora divulgados pelo banco central.

Assim, entre os 22 sectores que constam no relatório do BNA, apenas seis viram o seu stock de crédito cair. Tratam-se da agricultura (-11%, o que equivale a menos 45, 2 mil milhões Kz), da Informação e Comunicação (-9%, menos 16,0 mil milhões Kz), da Captação, Tratamento e Distribuição de Água; Saneamento e Higiene Pública (-25, menos 147 milhões Kz), Actividades das Famílias Empregadoras de Pessoal Domésticos e Actividades de Produção das Famílias (-28%, menos 14,3 mil milhões Kz), da Actividade de consultoria, científica, técnicas e similares (-31%, menos 13,4 mil milhões Kz) e Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria (- -35%, menos 863 milhões Kz).